segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Ele era forte, até demais

Ele estava com incontáveis problemas, passando por milhões de tempestades internas, fins de ciclos, fins de relacionamentos, fim da saúde e falta de coragem para enfrentar tudo. E todos.
Eis que o álcool acabou se tornando seu melhor amigo, afinal, à cada garrafa consumida, uma preocupação que sumia, um deslize que era esquecido, um medo que era abandonado e apenas a dormência e a sensação quase que vital permaneciam. Estava errado, é claro que ele sabia. Mas quem havia se colocado em seu lugar ao invés de criticá-lo? Era doloroso vê-lo se acabar dessa forma, mas estava claro, ou ele seria absorvido pela bebida, ou pelos problemas. E ele optou pelo menos pior (até então)...
Faz um tempo que ele começou a se drogar licitamente, e se deixou levar totalmente pelo uso excessivo. Ele se vê menos desesperado, com o físico um tanto quando abalado e a saúde tendendo a piorar, mas se vê feliz, consolado. E foi quando aprendi que ele não se deixou levar por ser fraco, mas por ser forte até demais. Preferiu dissipar-se em algo que traria calmaria demasiada à se afastar de tudo que o mantinha bem.



(Espero que saiba que quero teu bem, meu bem.)

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