quarta-feira, 25 de maio de 2016

Era uma vez... A criança dentro de cada mulher

Quando pequena, assistia aos contos de fadas e acreditava que encontraria meu príncipe um dia. Esperava ansiosamente o dia em que receberia um beijo durante o sono de um homem mais que bem vestido ou o dia em que o homem dos meus sonhos me convidaria para valsarmos em frente a todas que o desejavam. Tive uma infância à la Disney típica de qualquer outra mocinha inocente. E a pergunta permanece: Onde foi parar a pequena que sonhava em ter seu príncipe?
Atualmente, se me tratam de forma educada já marco grandes pontos na lista. Se retribuem meus melhores sorrisos, alguns mil. E se me roubam beijos, estouram a pontuação dos bilhonésimos. Minha ideia ilusória de um estereótipo passou a se resumir em um alguém que aparece talvez em seu cavalo, em seu camelo, em sua lacraia ou o que quer que seja apenas que apareça quando preciso, que talvez me escolha entre todas as que o queiram e que, talvez, me trate como a princesa que fui um dia. Mesmo que há muito tempo, mesmo oculta por uma personalidade forte, uma personalidade a qual só os mais atrevidos desvendam, a princesa ainda existe, ainda espera que em algum momento puxem a cadeira para que possa sentar (Ainda que sem reação), ela ainda aguarda um elogio repentino quando menos arrumada e mais descontraída, porque sabe que para ser um príncipe não é necessário um título diante de todo palácio, e sim, fazer com que sinta-se uma princesa, tanto faz, por um segundo ou por toda a vida. A criança dentro de nós as vezes precisa de um mimo, como uma flor precisa da combinação água e Sol, termos Sol que faltava de repente passa a ser a necessidade de termos mais água.