tag:blogger.com,1999:blog-11015578619667909302023-11-16T09:16:19.812-08:00 Sutil EmancipaçãoO considerável refúgio para uma. Ou algumas, ou alguns.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02604131626428307144noreply@blogger.comBlogger88125tag:blogger.com,1999:blog-1101557861966790930.post-52342249268799036232016-12-29T05:43:00.000-08:002016-12-29T05:43:57.793-08:00365 dias de erro.<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Certo, 2016, precisamos ter uma conversa séria antes que se vá.<br />Esse ano, como para muitas pessoas foi de extrema dificuldade por aqui. Como se eu fosse um clássico de Kafka e estivesse maturando todas as mudanças da vida em apenas um ano!<br />Ano em que contei meus dias pelas xícaras de café, que conforme o passar dos dias se tornaram copos, garrafas e uma intensa insônia. Ano em que me tornei um alguém totalmente teórico, e não que a prática não importasse mas tornou-se desinteressante. Ano em que tomei a melhor decisão de minha vida, e junto com as dores de cabeça que a contornavam, conheci pessoas que fizeram a diferença em cada segundo desses dias turbulentos de 2016. Ano em que praticamente todas as noites peguei no sono após chorar muito, voltei a ser aquela criança com medo de tudo lá fora e com medo de não ser suficiente. Ano em que descobri a incrível semelhança entre tragar os cigarros mais amargos e se sentir inferior a uma outra pessoa por conta do maldito passado. Ano estranho, que me tirou a fé não-usual, e que me fez querer desistir todos os dias. E durante trezentos e sessenta e cinco dias tive medo, ódio, saí de mim sei-la-quantas-vezes e explodi com quase todas as pessoas já que durante a noite podia tirar a máscara e desabar. Mas, felizmente o ano me deu uma nova chance, um dia a mais que faria por valer a pena todo desespero percorrido e já agradecendo ao bissexto, obrigada por me fazer acreditar na pessoa que vos escreve, porque um único dia fez com que eu soubesse que não vim até aqui para desistir agora, como Gessinger.</span>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02604131626428307144noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1101557861966790930.post-43042397612147541012016-09-12T19:09:00.003-07:002016-09-13T12:03:19.151-07:00<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Escrevi para você publicamente e me deu vontade de um algo a mais. Queria te dizer que quando digo "Saudade" me refiro a sua voz que muitas vezes me fez entender o sentido de ter os pés no chão, desse teu abraço que durante longos minutos me salvavam do cotidiano, dos nossos assuntos que voavam da origem dos átomos à menina que tropeçou mais cedo a nossa frente. Porque com você me senti viva, senti que amizades podem valer a pena por mais raras que sejam. Porque aprendi que uma madrugada conversando no quintal de casa vale muito mais que um janta extremamente requintado ou uma madrugada falando sobre nada via skype, trocando músicas, experiências, vivências, tudo o que tornaria saudade um tempo depois.</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Não me arrependo do desfecho obtido, fiquei sem tê-lo por um bom tempo como se o final de um livro de romance exigisse esse drama específico, e ao retornar tudo estava como antes, sem a parte em que rasuramos as folhas do livro.</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">É, nego, que saudade de rir contigo, de saber como é cuidar de você bêbado choroso em uma festa totalmente deslocada. De entender o significado de ser pouco para ser poesia, exatamente como a foto da árvore vista do banco daquela praça das quintas-feiras. De ter a efemeridade palpável, pois uma semana de diferença marca nossos momentos talvez mais difíceis, e ainda sim, mesmo distantes, estivemos um ao lado do outro. Caramba! Já fomos tanto e já fomos tão pouco. Hoje, somos lembranças e muita vontade de estar junto mais uma vez, mesmo que de vez em nunca, mesmo que só para dizer: "Senti sua falta".</span>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02604131626428307144noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1101557861966790930.post-5342134905197127932016-09-12T19:09:00.001-07:002016-09-13T12:02:16.267-07:00Caixinha de tudo<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Tenho uma coleção de memórias as quais adoraria cravar em meu corpo, mas respeito é algo de casa e justamente por conta da casa evito tatuar-me.</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Eis que volto minha atenção para a caixinha de tranqueiras, pois é, todos deveriam ter uma. E é lá que se encontram os simbolismos diretos para as melhores viagens dentro desse meu mundinho, desde a carta recebida da melhor amiga de infância à pulseira da festa em que me desemvolvo uma pseudopaixão por um mexicano. E ali começa minhas histórias e as ideias para cada tatuagem, como início a palavra "ARTE" fragmentada escolhida para concentrar-se entre as mãos, pelos braços, porque desde sempre sou arte de canto a canto. Em seguida, as coordenadas do único lugar no mundo que me moldou, o lugar onde se encontram as raízes do meu riso frouxo, joelhos ralados e paixão pelo simples, tendo como localização corporal minha costela direita, junto à memória do primeiro tombo bem tomado. Até que o nome de uma escola literária coroa essa paixão de ser e tornar, sou arte, de registro ao fim Alexandrina, de exagero à crítica, fruto do Romantismo.</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Se meus sonhos podem ser mantidos numa caixa, minha mente pode permanecer boreal enquanto meus pés, austrais. Assim sou, assim permaneço. Tranqueira.</span>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02604131626428307144noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1101557861966790930.post-36842382744539012722016-07-13T20:20:00.002-07:002016-07-25T18:24:33.785-07:00Histórias são sempre histórias, até o livro tenha outro fim<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">Comigo a história sempre foi a mesma: Ia às festas sempre na intenção de dançar, beber e causar alguma impressão louca naqueles que se privam de diversão, mesmo sem focar em conseguir um alguém, acabava acontecendo, aproveitava o momento, a dança, os beijos que se tornavam amassos e parava por aí. E eles sempre da mesma maneira, após alguns beijos se aproximavam ainda mais direcionando os braços à minha cintura para que me abraçassem como um noivo orgulhoso do que conquistou para o resto da vida. Eu, já evitava permitir aos braços que chegassem à minha cintura e me despedia de cara, a maioria deles se sentia ofendido e muito. Mas a história era essa. Não que não quisesse ficar por perto deles e ouvir sobre a quantidade de irmãos que tinham, o que faziam e como detestavam seu chefes apesar de todas suas ambições implícitas, nada disso. Apenas prezava pelo meu modo de vida, prezava demais minhas manhãs para perdê-las discutindo com um alguém sobre falhas alcoólicas da noite anterior, prezava pelo meu corpo que não precisava ser exaltado por um alguém que teria a única opinião considerável para mim e acima de tudo, prezava por um coração vazio.<br />Como se eu andasse com uma plaquinha, a questão sempre me perseguia: Para mudar meu status, você precisa ser muito surpreendente. E não, não é sobre falta de humildade ou excesso de confiança, consiste na verdade sobre encontrar um alguém que me tire da zona de conforto. Um dia as coisas mudarão, por um alguém, e ele se ofenderá com meus meios de dispensar o interesse, fará com que minha rotina gire em torno de sua presença mesmo que de maneira metafórica e terá constante acesso à aceleração do meu coração. Por céus! Como um alguém consegue fazer meu coração disparar mesmo com certo tempo de convivência? Enfim, ele chegará e será incrivelmente surpreendente essa facilidade com que tudo mudará, e a intenção sempre foi essa, me dar a surpresa de mudar a história.</span>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02604131626428307144noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1101557861966790930.post-52431871012785426672016-07-12T08:57:00.000-07:002016-07-12T08:57:00.953-07:00Falta você e ele em vocês.<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">As coisas mudaram, vocês mudaram. Como não mudariam? O vento da tarde não funciona como a brisa da manhã, que não traz o alívio da brisa marítima, muito menos a brisa de uma boa droga, e que droga viraram hein?! São exatamente mais um número, na lista dos casais que parecem ter sido pegos pelo cansaço de estar à companhia um do outro.<br />E a falta de ser o único número da lista das exceções se junta à falta de serem o silêncio quando alguém pergunta o exato status de seu relacionamento, também falta de ser aquela por quem ele morre de vontade de ver durante a semana mas evita procurar porque as outras seriam só as outras. Como a falta de suas reticências provenientes de um casal diferente, os beijos demoramos cheio de paixão em meio às multidões das festas hoje são encontros de lábios por milésimos de segundos que fazem a média de que são um casal, que se une à falta de sentir que ele a quer, de procurá-la com os beijos mais quentes possíveis, falta de se sentir mulher porque hoje tudo se vê morno, deprimente. Uau. Exatamente como todos os outros em volta. As danças cada vez mais demoradas e mais descontroladas sob o poder de encosto no corpo um do outro se tornaram um nada, ele com sua bebida num canto, você desejando se soltar no outro e de longe aquele sorriso cínico de quem detesta aquela mesmice. As notificações mudaram, as mensagens que traziam aquele frio delicioso nas respectivas barrigas desapareceram, porque ele já não precisa mais agradar a moça que quer usar como troféu para os amigos. Tudo perdeu a graça, já que no fundo conseguiram o que queriam e já não são mais o que deveríamos. se pudesse, voltava. E seria parte daquela lista onde as coisas tinham graça. Moça, não se deixe amornar, porque se sentir desejada é um dos melhores sentimentos. Se ele já não faz jus à mulher que tem, haverá um alguém que trará graça. Não se permita ser cotidiano, você é novidade demais para um dia-a-dia comum.</span>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02604131626428307144noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1101557861966790930.post-41633410881797527142016-06-29T14:47:00.003-07:002016-06-29T14:47:50.626-07:00Simplicidade e Imaturidade são conceitos diferentes<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Se sujeitou a estar com um alguém, aceite-o exatamente como é. E assim começo, da forma mais direta o possível deixando claro que não precisamos gostar de tudo o que a outra pessoa é/faz, mas sim, aceitar. Portanto não me apareça com o papo de que não conhecia esse lado dele, talvez você só esteja sendo apresentada ao mesmo pela primeira vez.</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Essa revirada de olhos quando ouve o som de sua gargalhada em uma piada totalmente boba é sinal de que você precisa parar de revirar esses olhos e abri-los de uma vez, você tem a simplicidade em suas mãos e está a deixando escapar por falta de maturidade, moça! Não é porque ele não discute a Teoria da Relatividade com você que não a conheça, ou que não possui potencial suficiente para dominar assuntos complexos. Não é porque insiste em ouvir a mesma música por muito tempo que não saiba apreciar outros estilos ou se deixe levar pelas novidades, talvez só se sinta à vontade derepeti-la em sua presença. E quando ri com acontecidos aleatórios não está lhe dizendo que falta maturidade ali, muito pelo contrário, está provando que possui desenvoltura suficiente para aproveitar o momento com a melhor energia possível. Ele não insiste em silenciar durante assuntos polêmicos por falta de coragem, saiba que só está permitindo seu bom senso atuar. Não mendiga carinho, não é uma criança birrenta ou necessitada de mimo, ele só faz questão de fazer durar os momentos de vocês como um casal. Ter escolhido pão com ovo para o café da manhã à um bolo da casa de doces mais caras da cidade não significa não querer agradá-la, ele só se sente confortável o suficiente para comer exatamente o que gosta quando juntos. Não se arrumar exageradamente ao saírem é o sinal de que não é preciso ser recatadamente arrumado sempre na junção de pública e você. E entre todos os detalhes que fazem de suas atitudes motivo para que queria deixá-lo, o mais importante: Aquele sorriso largo como de uma criança que acaba de ganhar o primeiro boneco de ação é seu, e só seu. Então se não sabe interpretá-lo da maneira correta, aprenda que sua imaturidade não combina com a simplicidade dessa joia rara.</span>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02604131626428307144noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1101557861966790930.post-57564687571615260092016-06-23T20:14:00.003-07:002016-06-23T20:14:48.173-07:00Exalando mudanças históricas<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Nossa essência provém de frasco montado onde uns acabam obtendo rachaduras, riscos, marcas de digitais permanentes, formas irregulares e design mais elaborado que outros, enfim, frascos e nada mais. Porque o que há é sempre o mesmo, a mesma essência, somos todos frutos de grandes nomes, criações moldadas a partir do odor que cada um, a partir de cada gota de suor específica e cada peculiaridade da fragrância. </span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Somos a inclusão dos que fizeram história em nosso cotidiano, somos a junção da aleatoriedade de um todo conhecido e o acaso de um anonimato. Somos o cigarro que fez Amy desistir de um amor que destruiu sua sanidade e sua vida, somos a boemia de Byron e suas escritas provenientes de casos negligenciados pela humanidade, somos a necessidade de mudança Duchampiana sendo criação de novas fontes ou o bom humor do desenho de um bigode em algo requintado demais, somos o erro de Edward ao fazer história por permitir a tragédia de seu Titanic, somos alucinações memoráveis de Burton e enredo muito bem finalizado de Hitchcock. No fundo, somos a fragrância que percorreu Eras, e hoje deposita-se em cada um para que uma nova escrita seja feita. Portanto, você está em seu "Era uma vez", em seu "Foi há tantos anos" ou em seu "E assim segue, dia após dia"? Que o cheiro dure, que a mudança faça variar perceptivelmente e que o roteiro seja histórico como se deve ser exalado.</span>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02604131626428307144noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1101557861966790930.post-44798959277520045122016-06-22T13:37:00.001-07:002016-06-22T13:37:40.920-07:00Meu nome é Otário.<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Durante muito tempo ele se importou demais com quem não devia, com aqueles que não mereciam. Ele se tornou vítima da frustração, do arrependimento e da saudade opulenta, chegou à beira de desistir e esquecer de qualquer contato mais afetivo, sofreu, sofreu demais, por amor.<br />Era entrega total, se dava aos abraços, se doava aos beijos, fascinava-se com facilidade por quem lhe dava reciprocidade, e aquelas que correspondiam às expectativas? Ah, essas tinham seu coração, e tendo-o, se entregava como se não pudesse fazê-lo. Com o tempo aprendeu que o amor é limitante, com todo carinho e todos os beijos não retribuídos, com todo o sacrifício por dois, três, quatro e algumas outras dezenas de decepções acumuladas embaixo do colchão com cada carta de borda amarelada. Perdeu causas, perdeu a compostura e o charme de quem acreditava que poderia mudar o mundo, seu mundo e o mundo de alguém. Muita experiência para quem hoje, se apresenta como longe de quaisquer relações, se fechou porque cansou de levar baques por amor, mas tudo bem, seja o que for, seja por amor as causas perdidas.</span>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02604131626428307144noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1101557861966790930.post-47258571078891523462016-06-15T18:15:00.000-07:002016-06-15T18:15:08.497-07:00 Amor é o adeus que faz o olá existir<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://static.tumblr.com/6294e80083e9df88e08d5418f096deab/ulo9px1/0HWneq7yx/tumblr_static_c7x2ebpfa48wgk08oc0kkoks4.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://static.tumblr.com/6294e80083e9df88e08d5418f096deab/ulo9px1/0HWneq7yx/tumblr_static_c7x2ebpfa48wgk08oc0kkoks4.jpg" height="320" width="213" /></a></div>
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">"Planejei tudo para matar essa saudade guardada aqui, vá até o portão, tenho um presente", ela apareceu com um laço vermelho contornando seus cabelos, de braços abertos, um sorriso de orelha à orelha e os olhos mais brilhantes que a lua acima de nós. Exatamente como a tinha deixado, intacta, sorridente, minha.<br />Há um tempo viajou, e me vi vazio como não pude imaginar, senti sua falta como se uma parte de mim tivesse ido junto. E voltou. Entrou em casa tomando posse da cadeira do meu quarto, exatamente como antes, tagarelava sobre os tropeções e esbarrões por cada país que visitou, e eu, perdido nela como sempre fui. Jogou os colchões na sala, colocou uma blusa minha, amontoou as almofadas e os cobertores rapidamente, sorridente disse que eram aqueles os planos, um abraços embaixo daquela caverninha de pelúcias que consumaria nosso tempo junto. E ansiei estar com o corpo ao lado do dela, como ansiava a manhã seguinte quando acordaria e daria de cara com ela lendo acompanha daqueles óculos enormes grudados em algum livro conceitual chato demais para mim, com as pernas cruzadas como indinho, concentrada (O jeito que mais amava vê-la). A madrugada voou, se voaria! Conversamos, nos amassamos e deixamos ser entrelinhas do ato de madrugar. Fui criança que havia se perdido há um tempo, quando ela saiu de perto, fui carinho que havia desacostumado e fui sorriso que há de estar descontrolado. E no dia seguinte, matei a saudade daquela "ela" que me fez apaixonar, com as pernas cruzadas e o cabeços pós-levantar, brega que só ela com a mania boba de usar mais de duas meias enquanto dorme, passamos o dia brigando e brincando como se não houvesse o adeus do amanhã. Ela viajaria de novo. E na despedida do dia seguinte, a única coisa que traçava esse elo maluco da nossa relação: O até mais do próximo encontro.<br />Porque amor pode durar muito enquanto dura pouco.</span>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02604131626428307144noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1101557861966790930.post-46842570972937377862016-06-06T09:55:00.001-07:002016-06-06T09:55:30.015-07:00Ela é acorde<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">(Indico 3x4 do Engenheiros do Hawaii)<br /><br />Ela conhece o mundo, os que ele habitam, os que já habitaram e os prováveis futuros habitantes, mas não se conhece, ainda busca descobrir de onde veio e o porquê. Até que pôs play em sua playlist e ouviu sua essência, seu modo de viver e sua história. <br />Exatamente, ela é um acorde, aquele em que as unhas raspam nas cordas da guitarra e acaba por causar arrepios em que quer que esteja ouvindo, ao mesmo tempo é aquele certeiro, suave, o qual tudo para e sua atenção se volta para o mesmo, também um fragmento daquele acorde ocasional que traz a harmonia necessária para o momento.<br />Vinda de um sussurro musical e uma junção das letras mais conceituais já criadas, vivia da maneira mais paradoxal entre acreditar que tudo era para sempre sem saber que o para sempre sempre acabava de Cássia e pagar seus pecados por acreditar no terno de viver uma só vez de Gessinger. Amava como se tivesse guardado para ele o amor que nunca soube dar, como se Nando a tivesse ensinado, por justamente ter sido ele quem a fez ter crença no amar sem medo. E justamente ela, medrosa que só! Medo de se entregar, pedir e calar, medo de concordar com Lenine que o medo não a deixa andar. Jovem, machucada pelos diversos esbarrões frontais nos moinhos, das quedas dos cavalos em que confiava, da crônica teatral de amor ilusória, muito prazer, chama-na de otária, já que sua única vez como protagonista de uma história de amor, na realidade passou de uma figurante buscando confiança, carregando dessa forma todo o peso daquele Chão de Giz que acompanhava-a durante os meros devaneios tolos amorosos definidos por Zé. Apesar de qualquer porém, aprendeu a afogar a calma salivando os beijos dele, como se Gadú os tivessem apresentado, aprendeu a amar, passar noites na cama certa e acordar na mesma. Ah, ela era linda assim deitada, com a cara amassada descrita por Iorc. E bastou encontrar alguém para que se tornasse sintonia, música lapidada, finalizada e sem mudanças de estúdio, até porque exagerada como Cazuza, é música simplesmente por ser artista no convívio dos que se propuserem a ser reciprocidade de seus ridículos e intolerantes amores falhos. É, fui sincera. Como não se pode ser.</span>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02604131626428307144noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1101557861966790930.post-29306285994647613232016-05-25T17:03:00.001-07:002016-05-25T17:03:14.396-07:00Era uma vez... A criança dentro de cada mulher<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Quando pequena, assistia aos contos de fadas e acreditava que encontraria meu príncipe um dia. Esperava ansiosamente o dia em que receberia um beijo durante o sono de um homem mais que bem vestido ou o dia em que o homem dos meus sonhos me convidaria para valsarmos em frente a todas que o desejavam. Tive uma infância à la Disney típica de qualquer outra mocinha inocente. E a pergunta permanece: Onde foi parar a pequena que sonhava em ter seu príncipe?<br />Atualmente, se me tratam de forma educada já marco grandes pontos na lista. Se retribuem meus melhores sorrisos, alguns mil. E se me roubam beijos, estouram a pontuação dos bilhonésimos. Minha ideia ilusória de um estereótipo passou a se resumir em um alguém que aparece talvez em seu cavalo, em seu camelo, em sua lacraia ou o que quer que seja apenas que apareça quando preciso, que talvez me escolha entre todas as que o queiram e que, talvez, me trate como a princesa que fui um dia. Mesmo que há muito tempo, mesmo oculta por uma personalidade forte, uma personalidade a qual só os mais atrevidos desvendam, a princesa ainda existe, ainda espera que em algum momento puxem a cadeira para que possa sentar (Ainda que sem reação), ela ainda aguarda um elogio repentino quando menos arrumada e mais descontraída, porque sabe que para ser um príncipe não é necessário um título diante de todo palácio, e sim, fazer com que sinta-se uma princesa, tanto faz, por um segundo ou por toda a vida. A criança dentro de nós as vezes precisa de um mimo, como uma flor precisa da combinação água e Sol, termos Sol que faltava de repente passa a ser a necessidade de termos mais água.</span>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02604131626428307144noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1101557861966790930.post-77919135143362119982016-05-19T18:47:00.000-07:002016-05-19T18:47:03.326-07:00Arte, de canto a canto.<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Uma caneta, uma folha em branco, um cd com trilhas sonoras conceituais e um contexto transfigurado. Ou um teclado, a página do youtube rodando no aleatório das mais tocadas e um mente perdida. Essa sou eu, junção do ontem, do outrora e no aguardo e um amanhã. Sempre fui o que escrevo, sempre fui o que crio.</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Quando pequena, era os desenhos feitos para o escritório do meu pai, baseada nas personagens à la Salvador dá-lhe-corpo-de-palito, todas com sua essência, exatamente como uma criança gostaria de se enxergar dali um tempo. Cada uma com seus cabelos coloridos, vestes extravagantes e um contexto social criativo. Essa era minha primeira impressão de mundo, fui desenho, fui desenhista, fui criatividade infantil. Por fim, aprendi a escrever e fui papel, caneta "igual de gente grande", lápis e borracha que sumia rapidamente pela mania de limpá-la atritando na parede, e com tais materiais, fui cordel citado na frente da sala toda com a vergonha ruborizando o rosto até queimá-lo, fui poesia de dia das mães com estrutura dissertativa, fui alfabeto errado e matemática sem as devidas vírgulas e os devidos sinais. Até que aprendi sobre a beleza de ser um outro alguém, e fui interpretação, correria atrás de coxias para a cena seguinte, tropeção em linóleo descolado, figurino rasgado e monólogo esquecido quase cego pelos holofotes falhos do teatro municipal, fui Shakespeare e caveira de Hamlet, fui e não fui, sempre foi a questão. E virei dança, rodopio, força nos braços, alinhamento de quadril, de costas, equilíbrio entre mente e corpo, equalização total da música com a alma, fui bolhas nos pés, conforto nas expressões e facilidade em dançar nos mais inusitados lugares. Hoje, sou junção de tudo. Talvez ainda nova para dizer, mas sou outdoor rasgado pelas intempéries, sou remendo de sílabas no final da folha para não gastar linha, sou música desritmada e ritmo sem batida correta, já que o coração bate por tudo o que já foi. Coração é e não é. Sou eu, mente daquela criança que desenhava sentada na escada situada na sala de casa enquanto o pai assistia ao jornal. Sou aliteração da mocinha que recitava os poemas mais sem sentido do mundo e ficava feliz com o único aplauso da professora (Por ser a pobre coitada ainda acordada). Corpo da adolescente que se via estudando, dormindo, comendo... Vivendo na dança, sou os joelhos calejados dos tombos e os braços suaves de tanto movê-los à la Cisne Negro. Sou escrita provinda de coração partido, sou as mãos de quem tocava a guitarra desafinada até finalmente aprender a afiná-la direto dos ouvidos (O que até hoje se torna difícil). Sou uma junção da arte que fiz. Sou o que a arte fez.</span>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02604131626428307144noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1101557861966790930.post-1322427981057846702016-05-10T17:12:00.001-07:002016-05-10T17:17:52.099-07:00(Ex)colhas<div style="text-align: center;">
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<br /></div>
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<h3 style="text-align: left;">
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">Toda relação é efêmera.</span></h3>
<div>
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><br /></span></div>
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">Sim, dessa maneira, direto e reto. A vida nos ensina a aceitar baques diretos, justamente direto ao nosso bom senso, já que toda e qualquer relação é entre um certo número de pessoas, e todos temos nossos extremos, portanto toda relação se baseia em extremos. Ou oito, ou oitenta. E isso faz com que a efemeridade seja imposta, toda e qualquer forma de afeto faz-se afastar e o limite finalmente é atingido. Como as marés que um dia se esvaem por conta da distância relativamente inesperada da lua, como o café que esfria e perde totalmente a graça até para os maiores amantes da cafeína, da mesma forma que um relacionamento tem seu fogo apagado em um sopro, em um "de repente", assim como com as mudanças do meio social e da mentalidade, deixamos de nos apaixonar por aqueles que roubavam nossos melhores sorrisos. Porque o que mais pode assustar um alguém ansioso é a falta de noção do futuro, um alguém depressivo é a falta do passado, é a presença de "ex". Afinal, a efemeridade é arte. É um artista de rua, obrigado a deixar sua obra inacabada porque seu expediente acabou e com a queda da noite, também caem as vantagens de permanecer ali, sozinho.</span><br />
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">Salvar a arte de se afastar é exatamente o ato de abandonar seus pretextos, tudo o que te faz ser o que foi um dia com as pessoas inseridas na relação, é deixar a essência da probabilidade te acertar, já que provavelmente você estará segurando firme demais para não deixar tudo desabar, e provavelmente estará segurando tudo quando a noite cair, sozinho. Para que a arte seja salva é necessário apreciar o que a compõe, o que significa escolher entre deixar sua obra inacabada em um dia e continuar trabalhando na mesma indiretamente para que no dia seguinte possamos continuá-la, quebrando o fator efêmero e fazendo com que as relações se eternizem, dia após dia, expediente após expediente.</span></div>
</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02604131626428307144noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1101557861966790930.post-43955791890361156292016-05-03T12:18:00.001-07:002016-05-03T12:49:43.675-07:00Vem me ver hoje?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace; text-align: start;">Passei esse começo de tarde enfiada debaixo das cobertas, me dei folga, quero dormir e ao mesmo tempo aproveitar meu resto de dia "livre". Ah, se pudesse aproveitá-lo contigo, te fazer meu canto e meu abrigo, poderia dormir abraçada com seu braço ou ver um filme sem entendê-lo, poderia te mostrar o que aprendi recentemente e mostrar a falta que me faz todo momento. Fiz um café doce e forte, você também gosta, eu sei. Estou com aquele moletom que te faz rir toda vez que vê, e com os cabelos presos por dois lápis, o que também te faz rir. Também, desde que cheguei em casa, ouvindo aquele DVD da Maria Gadu que coloco quando preciso relaxar, precisava estar trabalhando ou estudando, mas quero esse tempo para respirar. E nada melhor que respirar fundo e reconhecer o cheirinho de café, ainda preferindo reconhecer seu perfume forte e doce.</span></div>
<div style="text-align: left;">
<a href="https://s-media-cache-ak0.pinimg.com/736x/f4/e1/bb/f4e1bb20f078cddaac2a6a5b1a1670b9.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: justify;"><img border="0" height="212" src="https://s-media-cache-ak0.pinimg.com/736x/f4/e1/bb/f4e1bb20f078cddaac2a6a5b1a1670b9.jpg" width="320" /></a></div>
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace; text-align: justify;">Estive pensando em pegar meu violão, que há tanto anseia para ser tocado, entrelaçar as pernas nas suas e tocá-lo até a noite cair. Quase posso distinguir o som do seu riso ao imaginá-lo matando seu tempo comigo, mesmo sabendo que o verei logo, sabe que sou 70% Nando, e assim, espero sempre que o tempo voe. E se não voar, me faço vento, pego-o para dançar e me faço flor. Como for.</span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">Deixo nas entrelinhas que já sinto sua falta, e nas linhas mais que visíveis meu singelo convite: Vem me ver hoje? </span></div>
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">
</span>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><br /></span></div>
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">
</span>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02604131626428307144noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1101557861966790930.post-1303642452917386932016-04-27T15:28:00.001-07:002016-04-28T10:33:15.762-07:00Nem um dia (frio)<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">Hoje acordei totalmente Djavan, querendo um bom lugar para ler um livro, o qual faça jus ao frio lá de fora, já que meu pensamento em você não é exatamente uma novidade. Cancelei todos meus compromissos, peguei aquela coberta de casal que me cobre até os excessos de travesseiros que me rodeiam, coloquei minhas meias mais bregas, mais quentes e mais longas (Sim, elas chegam ao joelho), me vejo confortável no moletom velho com cheiro de café que me acompanha frio após frio.</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><a href="https://3.bp.blogspot.com/-Kr6DBZtPy00/Uc-754AgcmI/AAAAAAAAUWw/XL2VNaZnuug/w800-h800/dormir%2Bcontigo%2Botra%2Bvez.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://3.bp.blogspot.com/-Kr6DBZtPy00/Uc-754AgcmI/AAAAAAAAUWw/XL2VNaZnuug/w800-h800/dormir%2Bcontigo%2Botra%2Bvez.png" width="320" /></a></span></div>
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">Dessa vez, optei pelo vinho ao invés do chá misto na caneca favorita. Liguei a TV e me vi feliz por encontrar um filme extremamente meloso, daqueles em que o casal praticamente sussurra o final para o espectador.<br />Parei, reparei. Eu mudei. Em um dia frio normal, acordaria totalmente DIVA, dançaria pela casa munida de um desodorante ou uma escova de cabelos como microfone, faria performances até o horário de meus compromissos (os quais jamais desmarcaria para me dar uma folga da rotina), beberia um refrigerante extremamente gelado e continuaria a vida apesar de o clima me pedir para relaxar e esquecer que o tempo corre, como eu correria num dia frio.<br />A parte que me consola, é que as pessoas mudam, eu não poderia ser diferente. Sou uma composição de falhas e metamorfoses, meio borboleta, meio enferrujada. E ao notar essa minha transição, busco o que vive em meus pensamentos mesmo ao pensar apenas em mim, você. Desejei como nunca havia desejado sua presença aqui, deitado nessas cobertas grandes demais para uma só pessoa, sem dizer nada, sem ver o filme, apenas aproveitando o fato de ficar próximo, porque no frio precisamos ser mimados, precisamos daquele cafuné e daquelas gargalhadas provocadas por um silêncio quase que constrangedor. Precisamos ser surpreendidos, como eu gostaria de ser com sua chegada, mesmo que demorasse horas, eu já estaria feliz.<br />O vento vai incidir pelas janelas que esqueci abertas em algum momento, a pipoca ficará pronta e precisarei levantar do meu conforto. E quando isso ocorrer, correrei para o portão na expectativa de te encontrar, porque é isso o que a queda de temperatura faz, ela derruba, também, nossa noção. E se por acaso ou fruto do querer-não-querer você estiver parado lá, prometo te acolher, e te deixar por aqui. Já que estou Djavan, te dou o que há dentro do meu coração guardado pra te dar e todas as horas que o tempo tem pra me conceder serão tuas até morrer.</span><br />
<br />Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02604131626428307144noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1101557861966790930.post-15074384443804364402016-04-18T17:06:00.002-07:002016-04-18T17:06:47.127-07:00Essência<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Moça, por que você sorri tanto?<br />Essa manhã o Sol brilhava mais, e isso já foi motivo para passar o dia todo cantarolando e rodopiando pelos cantos da casa e da cidade. Acordei lembrando que o amor está por aí, e que posso encontrá-lo a qualquer momento, quando isso acontecer, quero estar sendo o mais eu possível. Caso nos esbarremos na rua, quero que saiba já de cara que danço enquanto ouço música nos fones de ouvido e sim, a música sempre estará extremamente alta para que os pensamentos nem se atrevam a ecoar. Se nos encontrarmos em algum evento específico, elaborado e requintado, deverá saber que sou aquela com pouquíssima maquiagem, provavelmente com uma taça bem cheia na mão e soltando o tal do sorriso gigantesco. Se for em um bar, estarei cantando no momento que encaro a banda ou o cantor, num momento só "nosso" já que onde tem arte, estou. Caso seja em qualquer outra casualidade, estarei sendo eu, casual até demais, geralmente cabelos nada arrumados, um andar até que engraçado (é o que sempre dizem), cabeça balançando em algum ritmo criado por devaneios repentinos, distraída demais, perdida, encontrando. Porque se há uma definição para o sorri que insiste em permanecer, são as metáforas, e a espontaneidade. As duas coisas que mais me cativam no mundo todo, exatamente a essência das pessoas que têm meu amor e minha verdade. E eis o motivo desse sorriso quase que irritante, o Sol brilhar tanto, porque não há metáfora melhor para um dia iluminado do que a felicidade iminente. </span>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02604131626428307144noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1101557861966790930.post-75869198756622954182016-04-12T18:51:00.000-07:002016-04-12T18:51:58.895-07:00Minha Belle Époque <span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">Minha infância foi daquelas clichês-não-clichês, sendo uma típica garotinha de roça, de sítio, de subir em árvores, ralar os joelhos, de ficar sem o tampão do dedão do pé, de usar botinas para correr na lama, de se cobrir de argila, de comer fruta direto do pé, de tomar banho de rio e de ser feliz.<br />Era uma casinha no topo da montanha, como nos filmes, porém melhor (muito melhor!). <br />Me lembro de cada detalhe de minha infância nada conturbada, do jatobazeiro onde utilizávamos da sombra para acampar, de um rio extremamente raso em que atravessávamos uma pontezinha, da plantação de amoras que eu e meu pai demos início, da tirolesa que montamos assim que começamos a construir a casa, de uma pseudocasadaárvore, do balanço que insistíamos em reconstruir toda vez que alguém rompia sua corda, do monte de areia em que as crianças costumavam dar vida à sonhos (Surgiram ali princesas, castelos, lagos, imaginação), dos vizinhos -amigos e família, da caverna que levávamos todos os amigos para visitar -fruto de cada vez mais mitos, da cidadezinha próxima onde todas as visitas se faziam presentes, e o que mais me aperta o coração nas lembranças... A vista do topo da montanha, aquele pôr-do-sol encontrado somente ali naquele cantinho específico, o ponto perfeito para as estrelas cadentes que apareciam nas madrugadas de domingo.<br />Sinto falta da época em que as coisas eram mais fáceis, a natureza estava junto à nós e não existiam maiores preocupações, e todo ano enquanto o natal se aproxima, me faço fonte, fonte de nostalgia e saudade. Saudade dos tios que se fantasiavam e juravam descer pela lareira para a alegria dos pequenos. Saudade dos presentes trocados exatamente à meia noite. Saudade do abraço coletivo antes da ceia, feita no fogão à lenha. Saudade da criança que se via feliz com aquele pouco, com o balanço de uma madeira, com os modões que tocavam cada dia mais alto no rádio da cozinha, com a água gelada do chuveiro externo, com a sala de vidro que nos despertava junto ao Sol, com o tempo de terra, barro e argila.<br />Há um tempo o tempo passou, pois sempre passa. Mas dizem que lembranças e nostalgias servem para revivê-los, portanto que assim seja, e que revivamos a saudade do tempo bom. </span>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02604131626428307144noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1101557861966790930.post-8121416448637706292016-04-12T18:27:00.001-07:002016-04-12T18:27:55.792-07:00Caro passado...<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">(Sobre um alguém que decidiu não ouvir o mundo em volta -Isso inclui minha pessoa- e perdeu seu passado para o presente. Indico - You know I'm no good)<br /><br /><br />Aquele sorriso reluzente aberto na maior parte do tempo, lindo, daqueles que os olhos semicerram quando aberto, lindo, dos quais roubam um seu quando aparecem, lindo, daqueles que ficam em sua mente quando a tal distância aparece. Lindo, o qual não soube valorizar. E hoje vejo aquele sorriso lindo sendo causado por outra, por ela que apareceu sem aviso prévio e roubou o coração de quem costumava deixá-lo sempre guardado, muito bem escondido por sinal.<br />Eu o amei, eu o amo, como devia ter amado enquanto estava comigo, como devo amar pelo fato de estar feliz (mesmo não sendo comigo). Costumava chamá-lo de "Rei das Peculiaridades", zombava de seus gostos um tanto quanto diferentes, o que me fez demorar a perceber que era exatamente o que fazia dele, ser ele. Onde já se viu um alguém gostar tanto de groselha? Ou assistir treze vezes o mesmo filme procurando erros de gravação? Por que todas as manhãs precisava se alongar ao som de uma música nova? Por que ria tanto de piadas de pontinhos? Eram tantas perguntas diárias, cujas respostas me faziam revirar os olhos, já que a zona de conforto é uma senhora traíra e uma vez colocados lá, jamais saímos sem feridas ou rancor. Hoje, me aninho no sofá com um outro, sentindo falta de seus papos aleatórios sobre a música que ouviu nessa manhã, sinto falta do amor selvagem, entregue pelas correntes metafóricas de suas mãos muito bem vividas. E passo todas as noites imaginando como seria se eu tivesse percebido que a vida é leve, que ele era leve como nossas manhãs brincando com o travesseiro, como nossas piadas sobre a roupa íntima um do outro. O remorso bate e não me vejo sem o medo de descobrir que ela o faz feliz, e que bebe seus drinks malucos de groselha para agradá-lo e que assiste todas as vezes os filmes somente para se divertir com aquela expressão engraçada que fazia observando o cenário e os figurantes de cada cena.<br />Mais um sorriso se abre à minha frente, e pela centésima vez, não. Não é tão iluminado quanto o dele, tampouco tão "contagiante" e o que esqueci de citar (talvez porque só lembre durante a noite, enquanto sua imagem vagueia por meus pensamentos de um modo sutil) não possui as covinhas que tanto gostava. E mesmo com o outro, posso encontrar um alguém sem defeitos ou algo do tipo, e ainda não serei feliz, afinal, não é ele. Não é o moço que ri de piadas ruins, nem o moço que fala mal das minhas calcinhas mais confortáveis.<br />O tempo me ensinou a valorizar as pessoas, e talvez, um dia eu pare de buscar nos sorrisos, a essência dele e acabe reencontrando a minha.<br /><br /><br />Com amor,<br />Um alguém que aprendeu a amar o passado.</span>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02604131626428307144noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1101557861966790930.post-9322485537930590752016-03-31T17:08:00.001-07:002016-03-31T17:08:32.917-07:00Quando aprendi a cantar o amor<h3 style="text-align: center;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">É noite de lua cheia, estrelas absurdamente brilhantes e um clima exatamente como ela gostava, fresco mais para quente. Abram a roda, para essa canção quero meu melhor violão, e muito espaço para poder olhar as estrelas de modo que minha voz seja voltada às mesmas. Acalmem-se, acalmem-se, é a tal canção, é ela.</span></h3>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://s-media-cache-ak0.pinimg.com/736x/b5/6b/e5/b56be52e832a3a513b746f1dc212d2a2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="212" src="https://s-media-cache-ak0.pinimg.com/736x/b5/6b/e5/b56be52e832a3a513b746f1dc212d2a2.jpg" width="320" /></a><br /></div>
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Calças largas, cabelos bagunçados devidamente escondidos por um boné com a aba voltada para trás, blusa larga na tentativa inútil de esconder uma cintura extremamente delineada e um sorriso insistente, daqueles que jamais somem, jamais! E dessa forma, descrevo ela, em uma palavra: diferente. Em um adjetivo totalmente inovador: ela.</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Ela que era uma artista da vida, perambulava cantando a felicidade, dançava com a ansiedade, pintava o sete, se necessário sete vezes já que pintava a persistência, era detentora de um corpo poético, não poesia de Camões, nada de formas corretas ou métrica rígida, era poesia de boteco em guardanapo dos que rendem noites alucinantes e sorrisos contagiantes. Era música, um samba-enredo pela manhã, com rima, ritmo animado e tudo o que tiver de direito, e um jazz bem cultuado à noite. Era uma exímia abraçadora, isso mesmo, tinha como sonho abraçar o mundo e cada ser inserido nele. Gostava de abraços repentinos e carinho doado. Era a dona da maior teimosia do tal mundo que abraçava, porque estar certa nem sempre era ser justa, e deixava claro sua constância com testa franzida e lábios formadores de linhas daquelas que separavam o austral do boreal e a realidade do mundo que fazia questão de alimentar em sua mente. Ela era criança, de todas maneiras possíveis, uma criança artista das que criavam apelidos criativos para aprender a brincar com as palavras e ao crescer, continuou criança e inocente, carente, sorridente... Continuou me ensinando a preservar a criança que brinca com as palavras dentro de nós. E como qualquer boa música, gostaria de mantê-la num vinil somente para mim, sempre por perto, sempre ouvindo-a. Mas o mundo toma tudo o que um dia foi nosso, ou melhor, tudo o que jamais deveria ter sido. Já que as pessoas passam por nossa vida para nos ensinar e finalmente aprendi a cantar, a cantar essa coisa louca, desafinada, desarranjada e desconcertante que é o amor.</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Ah, mas a saudade nos faz nostálgicos, nos faz criar melodias com o passado para que possamos ouvir o presente e substanciar o futuro. Enfim, sobre meu melhor violão e as estrelas? Porque na primeira noite com alguém que valha a pena vocês discutirão o indiscutível, como a distância do local presente à uma estrela, enquanto ela te explica os diferentes tipos de contrabaixo utilizados em um disco dos Beatles ou do Muse. E sim, quem a vê falando sobre Russeou e Hume, não imagina que é a dona das piadas mais ridículas do mundo, apesar de conquistar gargalhadas até mesmo com essas. Afinal, artistas não fazem apenas arte, eles semeiam a beleza da espontaneidade, e essa canção é isso, é improviso, é espontânea, é ela.</span>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02604131626428307144noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1101557861966790930.post-47432866818006061402016-03-24T14:01:00.004-07:002016-03-24T14:01:47.246-07:00Uma carta à história<a href="http://data.whicdn.com/images/62564427/superthumb.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><br /></a><a href="http://data.whicdn.com/images/62564427/superthumb.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><br /></a><a href="http://data.whicdn.com/images/62564427/superthumb.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://data.whicdn.com/images/62564427/superthumb.jpg" /></a><br />
<h3 style="text-align: center;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Bom dia, meu amor.</span></h3>
<br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><br /></span>
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><br /></span>
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Pode ficar deitado, levo o café já que levantei mais rápido dessa vez. Você fica lindo descabelado, com essa cara amassada enquanto encara um dos meus quadros do Kandinsky, aquele que sempre pergunta o motivo de eu gostar tanto. Posso colocar Beatles durante o processo de levantar-logo-ou-não? Vai rir com meu pedido, mas tem um pouquinho da história de tudo em meu quarto, em minha mente, em minhas manhãs, em minha vida, e devo dizer: Como faz parte dela agora, quero história em nós também. Ou melhor, quero nós na história como um casal bom ou um casal fantástico. Posso ser uma personagem inocente fruto de um amor casual como Amélie, ou posso ser sua Amy, superando milhões de problemas e eternizando-o com certo desprezos em minha personalidade conturbada. Não?! Ok, então posso ser seu Efésion e então, meu Alexandre, podemos pular a parte de que você escolhe um outro alguém e ir direto para o amor até depois do fim. Também posso pincelar um pouco de Helena e te fazer causar alguma guerra por mim, porém, em nosso caso a guerra seria porque me esqueci de mandar aquele bom dia animado que insiste em me cobrar. E com essa pincelada, acrescentemos uma dose de algo um pouco mais forte, como Capitu, e que deixemos nosso caso em haver às perspectivas alheias. Ou sua Mata Hari, para que tudo tenha uma certa intensidade proibida.<br />Enfim, preciso parar de divagar sobre onde entraríamos na história, mas garanto que ficaríamos entre uma introdução parecida com "Eram loucos um pelo outro, e pelo destino que o fez caminhar exatamente para um tropeço certo" e uma conclusão mais ou menos como "E assim continuam, repetindo suas metáforas internas ano após ano, até que finalmente descubram onde se eternizarão". Porque se tem algo que quero fazer, é contar nossa história para quem quer que se pergunte de onde vem toda essa felicidade. Agora, já pode levantar e me dar aquele abraço que peço nas entrelinhas das nossas manhãs, vem? Prometo parar de parafrasear sobre nós. Dessa vez.</span>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02604131626428307144noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1101557861966790930.post-2322623024772094162016-03-16T13:39:00.002-07:002016-03-16T13:41:10.528-07:00Cativada por "nós"<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">Você sabe, não sou boa para me expressar, tento evitar palavras que imploram para sair e as deixo por aqui ou em algum lugar aqui dentro de mim. A questão é que ultimamente minhas palavras têm tomado um rumo diferente, elas permanecem no centro do meu peito, onde todo mundo insiste em dizer que é o coração. Que seja! Elas ficam por ali, e não mais levam "eu" como contexto e sim, "nós". Acreditava ter como motivo o fato de pela primeira vez eu fazer parte de um "nós", porém, descobri que é bem mais que isso, é estar finalmente adaptada com esse "nós". E que nos prendamos a nós cada vez mais fortes, difíceis de desatar e imponentes, porque quero cada vez mais nós em nós.</span></div>
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_wG8MWtqwP8ND9DcxuYtJzTq1Umd-Ey_GNykAnmZnkS2zqaB3GEJhyphenhyphenmcpfbZmhK36NrNC02JDXOkwa6iS-TDnY91x0UBdamAwMO3boQnYS1QYXf2XiwM_r-2e1mfzcvyln5HliHyO2rpm/s1600/IMG_20160117_234838%255B1%255D.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em; text-align: left;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_wG8MWtqwP8ND9DcxuYtJzTq1Umd-Ey_GNykAnmZnkS2zqaB3GEJhyphenhyphenmcpfbZmhK36NrNC02JDXOkwa6iS-TDnY91x0UBdamAwMO3boQnYS1QYXf2XiwM_r-2e1mfzcvyln5HliHyO2rpm/s320/IMG_20160117_234838%255B1%255D.jpg" width="320" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_wG8MWtqwP8ND9DcxuYtJzTq1Umd-Ey_GNykAnmZnkS2zqaB3GEJhyphenhyphenmcpfbZmhK36NrNC02JDXOkwa6iS-TDnY91x0UBdamAwMO3boQnYS1QYXf2XiwM_r-2e1mfzcvyln5HliHyO2rpm/s1600/IMG_20160117_234838%255B1%255D.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: left;"><span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace; text-align: start;"><br /></span></a><span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace; text-align: start;"></span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace; text-align: start;">Já ouvi de tantas pessoas que não dará certo, que com o tempo essa nossa distância semanal irá cansar, que minha ausência pela arte irá incomodá-lo e que de alguma forma cada vez ficará mais difícil tê-lo por perto. E não ligo para o que dizem. Afinal, agora tenho uma inspiração para os fins de semana, e durante a semana, quero continuar pensando em você o tempo todo, ansiando vê-lo para ouvir sobre seu dia sufocante na empresa ou sobre alguma música sertaneja nova que cantaram até te tirar do sério. Quero encontrá-lo após minha rotina maluca de dança para ganhar aquele beijo que só você sabe dar, que compensa qualquer deslize anterior, quero aquele acompanhamento de orgulho e vergonha aparente quando faço algo constrangedor na presença de outras pessoas, quero passar os domingos te incomodando enquanto tenta montar o bendito quebra-cabeças. Pela primeira vez, quero fazer planos para nós, podem ser como os seus de não-sei-quantos-prazos, ou podem ser os do fim de semana, quero planejar cada minuto ao seu lado considerando que aproveitaremos o mesmo de qualquer forma. Quero continuar ao seu lado, e o mais importante, quero superar qualquer coisa com você. Quero cada vez mais nós.</span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02604131626428307144noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1101557861966790930.post-38295860108342224172016-03-14T18:00:00.003-07:002016-03-14T18:00:40.228-07:00"Amor"<a href="http://s5.favim.com/orig/69/hot-omg-beautiful-couple-Favim.com-641972.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://s5.favim.com/orig/69/hot-omg-beautiful-couple-Favim.com-641972.jpg" height="320" width="251" /></a><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Há muito tempo não reflito ou parafraseio sobre essa coisa louca definida por amor. E por sempre pensar tanto, por que não tentar defini-lo? E não apenas defini-lo, mas encaixá-lo num contexto ambíguo e confuso conhecido como "eu".<br />Tenho certeza que ao fim do texto, um trecho clichê preencherá a última linha e aquela tentativa sofrida de roubar um sorriso lateral desses que fazem com que um olho semicerre terá sido cumprido, e fim, terei definido o amor. Ou, conseguirei esse tal sorriso ao desenvolver de todas as ideias jogadas de modo insano por aí, porque o amor é basicamente isso, um o quê insano jogado por aí, e há os loucos sortudos que acabam encontrando tais fragmentos perdidos.<br />Porque o amor é algo clássico, não um clássico de filmes, onde a mocinha perde a echarpe para o vento enquanto divaga dentro do conversível do moço de cabelos engomados, nada disso. É um clássico pessoal, é um algo controverso, paradoxal e opostamente semelhante. Amor é música, ora é verso de sertanejo, ora é MPB desusado. Amor é cinema, é filme de Tarantino com casos alucinantes de sexo selvagem, camisa de força e um pouco de vassalagem, e também é um pedido às estrelas de Rose (antes do navio afundar, claro). É filosofia, onde cada pensamento sobre um alguém dá voltas e voltas ao mundo, se tornam boreais e austrais para finalmente deixar claro que os pés no chão não têm a mesma graça de um amor de cabeça nas nuvens. Amor é literatura, é sensualidade de Rita Baiana, ironia de Machado, dúvida de Bentinho e inocência de Til. Amor é permissão, é deixar afastar e querer aproximar. Amor é tropeçar propositalmente, é provocar o acaso e permitir o pretexto.<br />Amor é saber, exatamente, como roubar o sorriso de alguém. Seja por um presente, um abraço inesperado, um recado, uma surpresa ou simplesmente, por um texto "improvisado".</span>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02604131626428307144noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1101557861966790930.post-12129822078133695912016-02-22T09:35:00.003-08:002016-02-22T09:35:56.772-08:00Moça, pode bagunçar seu cabelo, por favor?<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Loura, dona de um corpo invejável, trajada com roupas apertadas e curtas demais para dar lugar à imaginação, senso de humor comum, pensa demais para falar ou provocar risos. Vinda do mesmo molde que a morena de cabelos longos, lisos e arrumados demais. Mas essa se permitiu colocar uma blusa mais larga, o decote exagerado ignoramos para que haja um pouco de dignidade.<br />Observo-as durante toda a noite, os risos serão sempre equalizados e as pernas se cruzaram simultaneamente enquanto encaram um alguém do sexo masculino à sua frente. A cada dois minutos alisarão os cabelos com a ponta dos dedos e a cada tragada no cigarro que mantém por perto, irão fazer um comentário aleatório de algum assunto que pescarem durante a conversa. E o fizeram. Porque a forma é sempre a mesma, e ainda sim, elas possuem o que querem, atenção de todos os homens ao redor.<br />Sinto falta de gente de bem, gente espontânea, gente que não se envergonha quando acidentalmente derruba mostarda ou um pouco do chopp que havia acabado de chegar. Falta de gente que discute filmes e não a quantidade de casos sexuais durante uma semana. Falta de gente que faz imitações de si, que zombam de seus defeitos e que não se ofendem quando percebem o quão importante é a tal da auto aceitação. Falta de gente que brinca com os cabelos na intimidade, que durante a noite ri de um pequeno erro e que quebra o clima criado por sua inconsciência traidora.<br /> E essa saudade de gente de bem continuará sendo consumida pelas roupas apertadas e pelas bebidas etiquetadas, porque a falta é porque de fato, está em falta.<br />Mas é como dizem: A forma é sempre a mesma.</span>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02604131626428307144noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1101557861966790930.post-10055578348986966432016-02-16T16:13:00.003-08:002016-02-16T16:13:53.700-08:00Uma versão da Dama e o Vagabundo.<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">(Sim, é a história de mais um casal que me inspira. Indico "You know i'm no good", faixa número 14.)</span><br />
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<a href="https://encrypted-tbn2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcR9xQqrwhxt_IP5sbB8pg0bGkVcoS3qo0q2dMEt1uy1xAdBGr3O" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><img border="0" src="https://encrypted-tbn2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcR9xQqrwhxt_IP5sbB8pg0bGkVcoS3qo0q2dMEt1uy1xAdBGr3O" /></span></a><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Poderia ser uma carta ao homem da minha vida, que quando lida pode-se ouvir uma trilha sonora romântica ao funo, pássaros cantando e todas as demonstrações de romanticismo clássico e piegas da vida usual. Sim, poderia ser uma carta. Sim, poderia ser ao homem da minha vida. Mas é apenas um relato do moleque que ganhou meu coração. Dessa forma, pejorativa e rude.<br />"Ei, seu moleque, dá para parar de me encarar dessa maneira e abrir caminho de uma vez?", e essa é nossa frase. Poderia ser um trecho bonito de Los Hermanos, um refrão meloso de Jorge e Mateus ou uma coisa mais vintage como uma balada dos anos noventa que fala sobre se sentir vivo e essas loucuras melodramáticas de casais falsos, mas não é, consiste na frase que proferi no instante em que ele simplesmente paralisou na minha frente e me olhou como se dissesse "Essa vai para nosso convite de casamento". Ele foi diferente, e eu gostei.<br />Eu? Moça comum, durona de certa forma, não me via apaixonada em hipótese alguma, colecionava homens e casos, tinha um repertório pronto para quem ousasse se aproximar com intenções mais sérias e odiava homens de revista. Exato. O mesmo perfume, a mesma calça cáqui, o mesmo cabelo milimetricamente penteado, a mesma barba feita cuidadosamente e o mesmo sorriso congelado.<br />Ele? Rapaz de rua, andava desleixado, não ligava para vírgulas ou metáforas porque era o único ponto final desejado por todas em contos de fadas. Cabelo desgrenhado, perfume absurdamente forte, bermudas grandes e sempre em sua moto que parecia ter sido conquistada em uma aposta de bar.</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">E a história? Ele mudou cada detalhe em mim. A partir do momento em que o conheci era apenas ele e um resquício de nós.<br />Minhas manhãs apreciando a chuva, meus risos soltos, meu olhar distraído, meu novo gosto musical, minhas novas manias, minhas novas gírias, tudo era ele. Passei a acreditar em saudade, já que ele se afastava e a vontade era de correr em sua direção abraçando-o por trás, ouvindo-o resmungar sobre como sou criança. Passei a acreditar em felicidade, da maneira mais literal possível, estava feliz brigando, sendo amiga, sendo namorada, me tornando amante, sendo erro e me tornando acerto, estava feliz simplesmente por estar. Passei a gostar de dançar, já que insistiu exaustivamente na primeira vez em que fomos a uma festa decente. Passei a buscar malandragem em requinte, tinha excessos dele em meus poucos, e poucos dele em meus muitos.<br />Mas como o previsto, como um moleque faria, causou danos, não como nas nossas noites de discussão, mas como um alguém que desiste da felicidade por falta de comodidade. Eu jamais correria atrás dele, era durona de certa forma e não me via apaixonada em hipótese alguma. O problema é que eu estava, justamente pelo moleque que havia esbarrado uns anos atrás, e como ele me mudou, corri atrás e finalmente assumi, havia aprendido que o homem da minha vida era aquela junção de bases desestabilizadas que me fez encontrar um equilíbrio.<br />E hoje escrevo cartas implícitas para ele, em silêncio, claro. Porque tem um sono leve e às vezes deposita os braços em minhas pernas enquanto me acomodo com caneta e papel, e assim me faz notar que é um rapaz que já havia sido deixado, e que já encontrou. Me encontrou e se encontrou.</span>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02604131626428307144noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1101557861966790930.post-42367528495327379042016-02-07T16:22:00.000-08:002016-02-07T16:23:20.245-08:00Dez-e-sete.<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">(Indico "Muito Estranho", de Nando Reis)<br /><br /><br />Eu não procurava ninguém, não me via como um "quem". Ele, que já havia sido dono de muitos alguéns, não procurava um "quem". E nos esbarrões e nos de repentes, ele acabou sendo meu alguém. E meu alguém é imprevisível na medida do possível, é meu clichê ideal, é o beijo que busco roubar por diversas primeiras vezes. E em nossas metáforas, em nossas canções e em nossas vidas que se cruzaram, devo dizer: Meu alguém me faz muito bem! Portanto, espero que sigamos sendo suficientes e bons o bastante para compartilhar desse acaso maravilhoso que nos trouxe até aqui. Já q</span><span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">ue por doze meses tenho perdido meus sentidos e ganhado minha calmaria necessária.<br />Há quem diga que não era para ser, alguns tropeços antes da chegada, diferenças mais que consideráveis, como as experiências (pois vinte-e-três não condiz com dez-e-sete), as vidas até então, as exatas querendo negar as humanas (Não adiantou, o emocional foi muito mais interessante que o racional) e os históricos que a vida insiste em ressaltar. Até que algo acabou dizendo que era possível se entregar ao vento. Bastava abrir os braços devagar, para que o mar se apaixonasse pela menina.</span><br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhge6FpbAF2e_1J2wAhk1QkiWnlC5U7LtMFCpfnALrRsOtKi_Y9mQcnO-GrJhdqTNDu-de_gaBUuzxlcVTMHAYEtC5uZnWb4EYw4pgf4MYsk9S-cZzJlc1dTiO5KDwdChK6A-TTRuj44mZB/s1600/IMG_20160105_002814%255B1%255D_phixr.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="290" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhge6FpbAF2e_1J2wAhk1QkiWnlC5U7LtMFCpfnALrRsOtKi_Y9mQcnO-GrJhdqTNDu-de_gaBUuzxlcVTMHAYEtC5uZnWb4EYw4pgf4MYsk9S-cZzJlc1dTiO5KDwdChK6A-TTRuj44mZB/s320/IMG_20160105_002814%255B1%255D_phixr.jpg" width="320" /></a><span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">E foi dessa maneira, leve, simples e calma que nele me encontrei, gostei de características nas quais não me imaginava gostando em outra pessoa, e relutei, apesar de me apegar àquele sorriso bobo que escapa e me encanta como no primeiro olhar trocado e àquela linha tênue entre o irônico e o sarcástico que esconde em seus lábios. Me apeguei ao abraço que rouba quando nos encaixamos em nosso mundo estranho. Gostei das formas, da essência e das parcelas implícitas em seu corpo e em seu modo. Meu alguém acabou sendo muito melhor que o esperado, e mesmo que o medo das outras incógnitas me peguem, ele me traz paz, sendo o achado mais perdido que já consegui. Nos encontramos em nossa sorte, nossa felicidade diária ao lado um do outro, nossa saudade imposta na abstração virtual, nas comédias criadas pouco a pouco e em nossas emancipações casuais. Ele acabou sendo minha fonte de inspiração, ainda sim, me fazendo inspiração. Pois como um trevo, tive a sorte de encontrar, mesmo que difícil e mesmo com sua beleza única. Assim como uma busca muito bem feita, encontrei todas as respostas, encontrei abrigo, encontrei uma vida nova, me encontrei. Já que estava perdida desde que me afastei dos olhos de relance que me cativaram em um show, que diziam algo como "Você me bagunça e tumultua tudo em mim". Com ele sou clichê, sinto o que jamais consegui imaginar e dessa forma aprendi, aprendi a amar.</span><br />
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<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">E foi ele quem fez tudo ter o sentido que buscava, ele deu sentido às palavras e a tudo o que tenho escrito. Pois foi o homem que eu não esperava, fez com que eu me apaixonasse sem querer, me devolveu as Dominguices, me trouxe dias leves, foi (e é) bem mais que mais um, tem sido meu acaso nem tão repentino e, definitivamente, é meu amor MPB.</span><br />
<br />Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02604131626428307144noreply@blogger.com0