sábado, 31 de outubro de 2015
Quando um certo alguém
sexta-feira, 30 de outubro de 2015
Porque medo é normal.
Admiro os que tem coragem, os que se jogam de fato, os que não têm receio e os que sabem falar de si. O problema de eu não ser uma dessas, é que nunca levei a sério quando falavam que quando somos corajosos em determinadas coisas somos completos covardes em outras. Então me peça para saltar de paraquedas com uma mochila de 200 quilos, mas não me peça para falar de meus sentimentos. Sim, sei que sou mulher e essa é a maior facilidade das mesmas e sei também de toda burocracia inútil por trás disso.
Já aprendi muito que devemos dizer o que sentimos, quando sentimos e principalmente, por quem sentimos. Mas não consigo, não por falta de carinho ou de consideração, nada disso. Aliás, talvez por consideração demais ao ocorrido, o que traz o medo de certos impactos. Pois a única vez que realmente me abri, meu paraquedas não abriu e atingi o solo com tanta força que acabou deixando uma marca profunda. Agora toda vez que salto, checo o equipamento e ainda sim, me vejo tremendo e suando frio, porque as vezes o chão ainda me assusta.
Não, isso não é um problema com você, ou com ele, ou com o outro, ou com o fulano que flertei dentro no ônibus. Ainda mais, porque foi você quem me fez voltar a pensar em pular, e voltar a sentir a adrenalina de estar no ponto máximo. Mas, isso é comigo e somente comigo. E por mais que eu queira dizer muita coisa, ou fazer muita coisa sempre haverá medo por trás, e é porque sei que quando caímos é do chão que não passamos.
Já aprendi muito que devemos dizer o que sentimos, quando sentimos e principalmente, por quem sentimos. Mas não consigo, não por falta de carinho ou de consideração, nada disso. Aliás, talvez por consideração demais ao ocorrido, o que traz o medo de certos impactos. Pois a única vez que realmente me abri, meu paraquedas não abriu e atingi o solo com tanta força que acabou deixando uma marca profunda. Agora toda vez que salto, checo o equipamento e ainda sim, me vejo tremendo e suando frio, porque as vezes o chão ainda me assusta.
Não, isso não é um problema com você, ou com ele, ou com o outro, ou com o fulano que flertei dentro no ônibus. Ainda mais, porque foi você quem me fez voltar a pensar em pular, e voltar a sentir a adrenalina de estar no ponto máximo. Mas, isso é comigo e somente comigo. E por mais que eu queira dizer muita coisa, ou fazer muita coisa sempre haverá medo por trás, e é porque sei que quando caímos é do chão que não passamos.
quinta-feira, 29 de outubro de 2015
Sempre em frente
Foi o conselho que ele me deu, após ouvir isso de Gessinger. Tinha achado minha cara, e gostei de ouvir que tenha lembrado de mim enquanto ouvia. Gostei muito!
Começamos a conversar aos poucos, como quando experimentamos algo novo, primeiro vem o receio, em seguida o ceticismo e por fim acabamos gostando. E conosco foi assim, suave, adquirindo a voracidade necessária com o tempo, de forma gradual e extremamente prazerosa. E como gostei!
Ele gostava de me elogiar, porque sabia que eu jamais soube reagir à um elogio, é como se certas palavras, por mais simples e corriqueiras, simplesmente roubassem minha postura, me desconcertassem. E se um "bom dia" já me desestruturava, imagine um "linda" com um sorriso sincero... Pois é! Eu ficava boba, como uma garota que acaba de ganhar sua primeira rosa, ou seu primeiro beijo na bochecha aos seis anos. E ele seguia os mesmos procedimentos, enquanto ia descobrindo o que me fazia suspirar, os utilizava sem medo. Apesar de ser comum, como qualquer outro que entrou e saiu, sem marcar, sem tirar sorrisos em tempos de ausência e sem os clichês de contar para as amigas com a voz histérica, ele me fazia sentir bem especial, talvez? Mas o problema sempre foi meu princípio de estar na zona de conforto e permanecer. E a história foi como o previsto, ele gostou, eu não. E essa foi para a lista de fracassos que coleciona-se num diário velho e guarda-se onde a mãe não acha enquanto limpa o quarto. Entretanto, pode-se dizer que convém. Afinal, sempre em frente foi o conselho que ele me deu.
(Atendi apenas a outro pedido, onde as coordenadas me pediam para descrever algo que acontece com certa frequência. E pode ser que não comigo.)
Começamos a conversar aos poucos, como quando experimentamos algo novo, primeiro vem o receio, em seguida o ceticismo e por fim acabamos gostando. E conosco foi assim, suave, adquirindo a voracidade necessária com o tempo, de forma gradual e extremamente prazerosa. E como gostei!
Ele gostava de me elogiar, porque sabia que eu jamais soube reagir à um elogio, é como se certas palavras, por mais simples e corriqueiras, simplesmente roubassem minha postura, me desconcertassem. E se um "bom dia" já me desestruturava, imagine um "linda" com um sorriso sincero... Pois é! Eu ficava boba, como uma garota que acaba de ganhar sua primeira rosa, ou seu primeiro beijo na bochecha aos seis anos. E ele seguia os mesmos procedimentos, enquanto ia descobrindo o que me fazia suspirar, os utilizava sem medo. Apesar de ser comum, como qualquer outro que entrou e saiu, sem marcar, sem tirar sorrisos em tempos de ausência e sem os clichês de contar para as amigas com a voz histérica, ele me fazia sentir bem especial, talvez? Mas o problema sempre foi meu princípio de estar na zona de conforto e permanecer. E a história foi como o previsto, ele gostou, eu não. E essa foi para a lista de fracassos que coleciona-se num diário velho e guarda-se onde a mãe não acha enquanto limpa o quarto. Entretanto, pode-se dizer que convém. Afinal, sempre em frente foi o conselho que ele me deu.
(Atendi apenas a outro pedido, onde as coordenadas me pediam para descrever algo que acontece com certa frequência. E pode ser que não comigo.)
terça-feira, 27 de outubro de 2015
Meu herói não usa roupa colada
Ok, as vezes ele usa, mas sempre acreditei que pais de bailarina eram feitos de collant. Quando dizem que pai e mãe são sensitivos falam até mais que sério, e pude confirmar isso hoje. Você chegou em casa, me viu escrevendo no quarto, cumprimentou e deixou essa foto sem dizer nada. Nem mesmo eu sabia que estava em um dia não muito bom, sabe, aqueles dias em que estamos "coisados"? Exatamente. Enfim, ao ver a foto chorei, chorei como uma criança, como na época em que foi tirada. Chorei de saudade do tempo que já passou, chorei pela dimensão de minha admiração por você, chorei porque precisava lavar a alma.
Sabe, papito, quando dizem que sou uma versão feminina de você, me sinto extremamente lisonjeada e agradeço infinitamente por ser sua pequena (não tão pequena). E agradeço ainda mais, por você ter me ensinado tudo o que sei, por ter sido o responsável por hoje eu ser quem sou, por gostar de tanto de açaí, de música clássica, de trilha, de ter tantos amigos, por gostar tanto de Zé, A. Jackson, o outro Zé, o Zeca, MPB, e o melhor, pão. Ah, e agradeço também por ser meu eterno parceiro de dança, só você sabe quantas vezes meus pés me traíram e fizeram com que eu perdesse toda a noção de como ser conduzida.

Obrigada por ter me ensinado a ter valores, por ter me permitido voar, por apoiar minha arte e minhas decisões, ou pensa que não sei o quão difícil é lidar comigo? Mas uma casa grande dessas precisava de alguém com temperamento forte como o seu, para equalizar a calmaria que a mãe é, pois só vocês para passarem por tudo o que passaram e ainda sim, manter quatro filhos, completamente diferentes, totalmente satisfeitos com tudo o que lhes é dado. Eis que uso desse meio para contar um pouquinho do meu amor imensurável por você. E tenho dito, coloquem um bigode em mim, e não saberão quem é quem.
Acasos não são de todo repentinos.
As pessoas têm esperado muito, em relação à tudo. Pra quê esperar ele chamá-la para conversar? Provoque-o, faça-o perceber que quer dividir esse momento com ele. Pra quê esperar sentir saudade para enviar uma mensagem, ou ligar? Saiba que a saudade existe por razões boas, mas na maioria das vezes ela é bem traiçoeira, acredite. Pra quê esperar ele soltá-la do abraço para te beijar? Faça-o, não tenha medo do possível arrependimento. Entretanto, quando esperamos algo acontecer, damos uma chance para que não ocorra, eis um risco que não me permito correr. É tão bom ser pega de surpresa, ainda mais quando a surpresa se resulta em felicidade iminente, felicidade repentina. Mas melhor ainda, é fazer acontecer, é dar seus passos corretos em direção ao acaso. Como descobrir o gosto musical de alguém e ouvir algo que o agrade para que a note; ou saber que ela não gosta de flores e sim de perfume, por exemplo? E agradá-la com algo que provavelmente fará seu coração palpitar. Ah, como é bom dar uma provocada no acaso. E caso você jamais tenha o feito, aqui está minha próxima lição para você... Tente.
segunda-feira, 26 de outubro de 2015
Ele será um ótimo pai, você sabe
(Favor dar play em "Drive", número 7 da playlist, para que o contexto fique melhor intencionado)
Calma! Sei que apesar disso tudo, o futuro possa te preocupar, mesmo após o pedido de casamento ao som de um blues qualquer, enquanto você se via no dilema entre aceitar a proposta ou continuar com o absinto que vivia pedindo para ele levá-la para experimentar. Mas o modo como ele a fez se apaixonar mais uma vez naquela noite não vem ao caso. Ou vem? Mesmo após levá-la para jantar no mesmo lugar em que a pediu em casamento ao saber de sua gravidez... E você ainda se encontra na dúvida de que ele será um bom pai?! Pois peço que comece a perceber o que está em sua volta, ou próximo a ele, se preferir. Perceba o modo como ele se enturma com qualquer criança à sua volta com aquelas brincadeiras infantis que sempre fizeram com que seu coração derretesse. Perceba como ele enfrenta todas as responsabilidades de queixo erguido. Perceba como ele ri quando você dá suas crises e se torna a pessoa mais mandona do mundo, afinal, ele sabe exatamente como fazê-la sorrir novamente. Portanto devo deixar claro caso não saiba, ele não será um pai convencional, muito menos um pai mandão em que o filho se afasta sutilmente. Ele será daqueles que deixam a criança fazer o que quer, ele deixará a criança à vontade de todas as formas possíveis, e não irá censurá-la de aprender sozinha, muito menos fará com que ela perca sua infância, coisa que ele mesmo irá relembrar em meio a essa experiência. Então devo prepará-la para não ficar muito surpresa caso o veja correndo pela casa com ela, ou brincando com os elementos da fruteira (como sempre faz), até mesmo ensinando-a como irritar você em menos de dois milésimos. Portanto, devo ressaltar que você fez a melhor escolha de sua vida, e sem saber, essa criança terá feito a melhor da vida dela ao se tornar o reflexo de seu pai, porque sei que ela aprenderá a amá-la assim como ele.
Há determinados pedidos interessantes, e esse em especial, decidi publicar...
"Sim, sei que estão juntos há um bom tempo, sei também que ele te chamou para dançar em um de seus encontros e você se atrapalhou toda tentando segurar com certa classe seu vestido enquanto ele a girava pelo salão, e sim, me lembro do sorriso maravilhoso que ele abria toda vez que a via cantando nas mesas de bar, quando o assunto acabava e você fazia o possível para quebrar o silêncio constrangedor". Devo dizer que não só eu, mas todos também sabem que ele é simplesmente louco por você, ou vai dizer que nunca notou o modo como ele canta seus sertanejos melosos olhando para você ? Ou que o modo como ele brinca com seus dedos enquanto suas mãos se juntam não quer dizer nada? Pois é, você tem uma sorte absurda, e para muitos, invejável.

A beleza em ser diferente
Nunca entendi porque gostava tanto de determinadas coisas, as quais ninguém gosta. Nunca entendi porque sempre era a garotinha que aprendia a dar mortal na piscina com o irmão, enquanto as outras estavam aprendendo com as irmãs como pentear suas bonecas. Nunca entendi porque sempre gostei de beber com meus amigos enquanto discutia todos os esportes, enquanto todas saíam para discutir qual seria a cor ideal do esmalte para as próximas ocasiões. Também nunca entendi porque me preocupava tanto em comprar livros, enquanto todas gastavam o que tinham e mais um pouco em maquiagens. E sim, sempre procurei entender fatos como os citados. E demorei a chegar à uma conclusão que desse fim ao meu ceticismo.
Foi quando realmente passei a observar como mulheres naturais eram mais cativantes a todos e quaisquer olhares; sem excessos de química no cabelo, ou excessos de maquiagem cobrindo sua verdadeira beleza; ou como homens que não passam horas aplicando gel ao cabelo eram mais notados; também como crianças que passam horas brincando, se sujando e ralando os joelhos eram mais felizes que aquelas que viviam em suas casas, presas. E por incrível que pareça, pude constatar que esses meros detalhes faziam dessas pessoas mais livres, mais puras e até mesmo mais felizes. E isso, simplesmente por serem diferentes.
Foi quando realmente passei a observar como mulheres naturais eram mais cativantes a todos e quaisquer olhares; sem excessos de química no cabelo, ou excessos de maquiagem cobrindo sua verdadeira beleza; ou como homens que não passam horas aplicando gel ao cabelo eram mais notados; também como crianças que passam horas brincando, se sujando e ralando os joelhos eram mais felizes que aquelas que viviam em suas casas, presas. E por incrível que pareça, pude constatar que esses meros detalhes faziam dessas pessoas mais livres, mais puras e até mesmo mais felizes. E isso, simplesmente por serem diferentes.
Sempre preferi pessoas que me equalizassem...
Como tudo na vida, a escolha de quem fica conosco (seja em nossas rodas de conversa, nossos relacionamentos amorosos conturbados ou os colegas entediantes de serviço) sempre está baseada em algo, e meus fundamentos nunca foram diferentes dos demais. Até um tempo atrás.
Particularmente, sempre preferi pessoas que me equalizassem em tudo. Isto é, pessoas totalmente contrárias à mim, que possuíam talvez até mesmo princípios diferentes, estas sempre me cativaram, pode ser que por conta do clichê "Os opostos se atraem" ou qualquer uma dessas bobagens de pessoas metódicas e sem pensamento autônomo. Gostei sempre de pessoas pacientes, de humor "branco", parcialmente caseiras, nada artísticas e totalmente estáveis. Sim, completamente equalizáveis à minha pessoa pouco previsível. Mas devo assumir que sempre houve uma certa atração implícita nas piadas daqueles com humor negro e me aproximava sem querer daquelas que se encontravam na arte. E recentemente pude perceber que, as melhores pessoas são aquelas que acrescentam algo. Como? Aquelas que tem uma falta de paciência parecida com a sua, ou as que seguem as mesmas teorias e princípios que você. E essas são as que realmente fazem valer a pena, mesmo que acabem equalizando-o sem que note, pois não há nada melhor que alguém que o defina. E ao mesmo tempo, sequer possui tantas compatibilidades.
Particularmente, sempre preferi pessoas que me equalizassem em tudo. Isto é, pessoas totalmente contrárias à mim, que possuíam talvez até mesmo princípios diferentes, estas sempre me cativaram, pode ser que por conta do clichê "Os opostos se atraem" ou qualquer uma dessas bobagens de pessoas metódicas e sem pensamento autônomo. Gostei sempre de pessoas pacientes, de humor "branco", parcialmente caseiras, nada artísticas e totalmente estáveis. Sim, completamente equalizáveis à minha pessoa pouco previsível. Mas devo assumir que sempre houve uma certa atração implícita nas piadas daqueles com humor negro e me aproximava sem querer daquelas que se encontravam na arte. E recentemente pude perceber que, as melhores pessoas são aquelas que acrescentam algo. Como? Aquelas que tem uma falta de paciência parecida com a sua, ou as que seguem as mesmas teorias e princípios que você. E essas são as que realmente fazem valer a pena, mesmo que acabem equalizando-o sem que note, pois não há nada melhor que alguém que o defina. E ao mesmo tempo, sequer possui tantas compatibilidades.
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