quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Seja a mulher que ele não espera.

Então você resolveu aventurar-se com uma pessoa totalmente oposta à você? Ótimo! Portanto, aponte para a fé e reme, sem medo, sem receio de ele não gostar de você ou de sentir-se incomodado em sua presença. Nada disso.
Não se apegue a conceitos arcaicos ou se deixe levar por sua consciência pesada. Deixe que a excitação te pegue desprevenida e não pensa, faça com que a insanidade te traga boas, aliás, ótimas lembranças. Abandone os clichês de "Não serei eu perto dele", isso é absurdo! Se entregue de corpo e alma para o bad boy que te olha com certa empolgação implícita. Não se contenha quando sua música tocar, não tenha medo de abrir seu sorriso mais sincero, sequer de gargalhar de uma piada forçada que ele fizer, aceite aquele whisky envelhecido que ele lhe oferecer direto da boca da garrafa e demonstre diversão quanto ao espanto que o cercará. Pois garanto à você que isso ocorrerá. 
Não espere ele chamá-la para dançar, faça-o. desafie-o, revele suas teorias sem sentido, conte sobre suas músicas melosas dos anos oitenta e de seus hobbies e coleções não-usuais.  E se há algo que você deve se desprender durante tais momentos é a relação com planos, não os faça, jamais! Deixe-se levar pelo interesse, faça com que você se surpreenda, antes de surpreendê-lo. Seja o mais espontânea o possível, não pense em encantá-lo, mas em se encantar.

E sem que note, você será o erro mais correto que ele já cometeu.

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Se fosse eu, fugiria.


Preciso te dizer que não sou fofa, aproximo meus atos por empolgação inicial e mera excitação. Sou dada às questões práticas, sou feita de turbulências e pequenas emancipações existenciais. Não vou dizer que não arrisco, não sou afetada por clichês ou não amo. Aliás, amo demais. Transbordo. E esse é o problema, não demonstro como uma qualquer, não irei me declarar todas as manhãs ou fazer seu café, não farei de você minha inspiração noturna e que fique claro, sonho com crimes passionais e acordo de mente limpa, tenho segredos com meu espelho, e ele não será seu reflexo emocional, senão o meu. Sou observadora, desde sua ortografia ao modo como sorri ao sentir o cheiro de chá tomando conta de casa.
E por fim, tenho um coração duro, até demais. Ele já não bate, só recebe pancada. É brusco até demais.
Se eu fosse você, fugiria. Sem medo ou remorso, afinal todos já o fizeram sem problema algum.

Dias Leves

Quem nunca gostou de uma boa farra? Ou de se acabar de tanto dançar em determinadas festas, com todas companhias possíveis? Garanto que até os menos aventurados já se deixaram levar por este tipo de diversão.

Mas alucinante mesmo é se sentir bem em outra circunstância, nos "dias leves". Aqueles dias em que você se permite trajar suas roupas mais confortáveis, enquanto seu cd de MPB favorito toca consideravelmente alto, fazendo com que a voz de Humberto Gessinger cite cada uma de suas metáforas pessoais. São aqueles dias com cheiro de bolinho de chuva da avó, cheiro de nostalgia, cheiro de liberdade. São os dias em que seus pensamentos se fundem com os da protagonista de algum filme do Richard Gere, ou com as frases bem elaboradas daquele livro que você insiste em ler pela milionésima vez. Ainda que passamos esses dias sozinhos, nâo sentimos um pingo de solidão, pois por incrível que pareça, não há espaços vazios em nós. E quando há, o preenchemos com tudo o que nos faz extremamente bem, por menor que seja, e por mais distante de uma farra que esteja.
E acredite, esses dias são os mais alucinantes que podemos ter. Afinal, quem nunca gostou de um dia regado de nós, e somente, nós?