domingo, 15 de novembro de 2015

Bailarinas são sorte grande

(Que previsibilidade eu escrevendo sobre bailarinas. Mas defendo a ideia de quem ninguém melhor para escrever sobre, do que uma e, do que alguém que convive com as mesmas há sete anos.)

Em determinado momento conhecendo uma certa pessoa, acabamos caindo no assunto de "o que você faz, o que você gosta" e você finalmente entenderá o motivo de ela andar tão suavemente, de sorrir ao ouvir músicas clássicas, de manter os pés esticados o tempo todo e de ter uma postura tão impecável. E devo dizer-lhe: Que sorte a sua em tê-la!

Porque se até Elton John já teve sua Tiny Dancer, se Montenegro já teve sua fada de botequim, se MJ já teve sua dançarina de Hollywood, se Toquinho já se encantou pela sua e se nem Djavan resistiu à uma, por que você resistiria? Não que ela procure seu palhaço, seu astronauta, seu soldado de chumbo ou algo do gênero. Porém, garanto que ela procura alguém para segurá-la enquanto dança pela casa sem música, nem trajes. Alguém que a elogie ao fim das apresentações (por pior que tenham sido), afinal, é por seu abraço ao final que ela sorria lá do palco. Alguém que ria toda vez que ela começar a falar em francês, tal idioma que você jurava que não tinha conhecimento algum. Alguém para enxugar sua lágrimas após uma queda, enquanto vê seus pés detonados por metáforas relacionadas a determinação e desespero. E alguém que carregue seu figurino, enquanto ela faz seu coque numa rapidez surpreendente falando sobre a outra que estará nos camarins a fuzilando com o olhar. Algumas são exceções, e acredite, não é um eufemismo. Você pode ter a sorte que conseguir uma que se alonga ao som de um rock pesado, ou que não possui o ego inflado por conta de seu corpo magro e delineado, ou uma simplesmente, acessível. Porque como diz Djavan: "queria o meu destino junto ao seu dom", então assim seja, e que o destino lhe traga tal sorte. 

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