quarta-feira, 22 de junho de 2016

Meu nome é Otário.

Durante muito tempo ele se importou demais com quem não devia, com aqueles que não mereciam. Ele se tornou vítima da frustração, do arrependimento e da saudade opulenta, chegou à beira de desistir e esquecer de qualquer contato mais afetivo, sofreu, sofreu demais, por amor.
Era entrega total, se dava aos abraços, se doava aos beijos, fascinava-se com facilidade por quem lhe dava reciprocidade, e aquelas que correspondiam às expectativas? Ah, essas tinham seu coração, e tendo-o, se entregava como se não pudesse fazê-lo. Com o tempo aprendeu que o amor é limitante, com todo carinho e todos os beijos não retribuídos, com todo o sacrifício por dois, três, quatro e algumas outras dezenas de decepções acumuladas embaixo do colchão com cada carta de borda amarelada. Perdeu causas, perdeu a compostura e o charme de quem acreditava que poderia mudar o mundo, seu mundo e o mundo de alguém. Muita experiência para quem hoje, se apresenta como longe de quaisquer relações, se fechou porque cansou de levar baques por amor, mas tudo bem, seja o que for, seja por amor as causas perdidas.

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