(Como é o último texto do ano, por que não algo mais "minha cara"?)
Esse é especialmente para você que reclama de quão ruim seu ano foi, que diz que trezentos e sessenta e cinco dias foram desperdiçados e que nada mudou. Portanto, leia e sim, fique à vontade para me dar ou tirar a razão.
Como você calcula um ano? Para responder, pegue um papel, e anotemos juntos.
Talvez por meio de vezes em que você se sentiu vivo, então coloquemos vinte, ou trinta. Ou por meio de amores completos e incompletos que você encontrou no ocorrer dos dias solitários, acrescentemos quatro. Ou por meio de insanidades que jamais se imaginava fazendo, mais seis na conta. Ou por meio das vezes que seu chão sumiu, finalize a conta com treze.
Agora, rasgue o papel. Afinal, consideraria os dias em que gostaria de ter permanecido em sua cama, sem os riscos passionais da vida lá fora? E quanto aos dias em que gostaria de ter vivido mais vezes? E os segundos que duraram eternidades, a qual você consome na memória nos dias de ócio e ódio? E os segundos que por mais rápidos que tenham sido, valeram mais a pena que dias inteiros em má companhia e erros repetitivos? Porque toda noite, quando o relógio zera, são os segundos que contam e que fazem a diferença, como nos detalhes, que ínfimos, ainda de extrema importância.
Então que consideremos os segundos, porque esse ano errei em segundos, em milhões deles, na verdade. Acertei em mil. Amei em trilhões. Chorei em outros mil. Aprendi e cresci em infinitos, já que o incontável nos faz acreditar que podemos alcançar algo, a maldita da esperança que sucumbe almas vazias. E por incrível que pareça, devemos agradecer aos momentos juntos da maldita da esperança, pois por eles estamos onde estamos e somos moldados pela mesma. E em apenas um para que eu me emancipasse da dor passada, porque o passado tem a mesma função do papel que rasgamos. Ele existiu apenas para refletirmos e então o abandonarmos definitivamente. E bastou outro para que eu voltasse a acreditar que é possível, sim, dividir a felicidade.
Portanto, devo dizer, não vivi trezentos e sessenta e cinco dias. Mas, definitivamente, vivi trinta e um milhões e quinhentos e trinta e seis mil segundos.
quinta-feira, 31 de dezembro de 2015
segunda-feira, 28 de dezembro de 2015
Que aluguemo-nos
"Eu acho que falam sério quando dizem que o amor não se compra, agora sei que posso alugá-lo"
E é sobre nossas vidas serem transformadas por algo que falo aqui.
Especificamente, é sobre a frase da canção "I'll cover you" do musical Rent. E claro, nada mais justo que eu falando sobre musicais, e amor.
Alugar algo sempre soou tão "adulto", tão literal. Até que aprendi a alugar talvez algo muita mais figurativo que a própria explicação do literal. O amor entre grandes amigos, onde um abraço consome toda negatividade, onde aquele sorriso caloroso amortece todas as pancadas diárias.
O amor ocasional, daquele que te confunde, e te faz querer esquecer, conhecer, querer. É, moreno, falo sobre a confusão que você me traz, e sobre como acabei gostando.
O amor pela vida, que você aluga toda vez que se vê feliz pelo simples.
O amor pela novidade, por aventuras diárias, por gente simples, por sorrisos instantâneos, por amores momentâneos, por músicas de fim de tarde, por cheiro de chuva, por bolinho de chuva de avó, por um alguém que apareceu apenas para te ensinar como se aluga certamente. O amor que antes comprado, se fazia mentira, se fazia erro.
O musical mudou minha vida, e todos implícitos em todas características continuam mudando todos os dias. Portanto, que possamos alugar cada vez mais gente, cada vez mais amor.
Todos temos um lado artista
Dizem que artistas fazem de sua arte uma válvula de escape, e que os completos de arte, tem apenas uma como refúgio. E devo dizer, eu que sempre me julguei boa com as palavras, me vejo fugindo das mesmas enquanto falo, e utilizando-as ao máximo quando escrevo. Portanto, é delas que utilizarei para explicar a essência de vossa confusão.
Desde sempre, sou feita de arte da cabeça aos pés, sou adaptável a quaisquer que sejam. Magrela para a dança. Sem ritmo para o canto. Estabanada para a atuação. Desastrada para o desenho. Avoada para a música. Corajosa o suficiente para todas. E digo mais... É de arte que viverei, e é pela arte que me apaixonei. Já que essa coisa de ovelha negra da família me condiz (Ah! Rita, obrigada por me definir). Gosto de amar o que quer que seja, de me trajar absurdamente, de me mover sem medo, de abandonar os pudores. Chega de números! Quero mais histórias, mais relatos, menos Einstein, mais Neruda, mais absurdos, mais polêmicas, mais desapego, menos previsibilidade, mais surpresas. Gosto de me soltar quando convém.
E como artista, devo dizer... Gosto de gente de bem! Gente que senta com as pernas abertas, braços descruzados, sorriso largo, riso extravagante, gente que bebe com facilidade, gente que assume o que é, gosto de assuntos que causam à tona, de conversas que rendem devaneios, não gosto de homem, não gosto de mulher. Gosto de gente! De povão que canta alto, que se vê sem jeito as vezes, gente que divaga com clareza, gosto dessa coisa de amar o que aparece, gosto do artista casual.
E se em cada um existe um artista escondido, que ele seja liberto, mesmo que por um dia, mesmo que por uma noite. Porque é de gente sem pudores que o mundo precisa.
Desde sempre, sou feita de arte da cabeça aos pés, sou adaptável a quaisquer que sejam. Magrela para a dança. Sem ritmo para o canto. Estabanada para a atuação. Desastrada para o desenho. Avoada para a música. Corajosa o suficiente para todas. E digo mais... É de arte que viverei, e é pela arte que me apaixonei. Já que essa coisa de ovelha negra da família me condiz (Ah! Rita, obrigada por me definir). Gosto de amar o que quer que seja, de me trajar absurdamente, de me mover sem medo, de abandonar os pudores. Chega de números! Quero mais histórias, mais relatos, menos Einstein, mais Neruda, mais absurdos, mais polêmicas, mais desapego, menos previsibilidade, mais surpresas. Gosto de me soltar quando convém.
E como artista, devo dizer... Gosto de gente de bem! Gente que senta com as pernas abertas, braços descruzados, sorriso largo, riso extravagante, gente que bebe com facilidade, gente que assume o que é, gosto de assuntos que causam à tona, de conversas que rendem devaneios, não gosto de homem, não gosto de mulher. Gosto de gente! De povão que canta alto, que se vê sem jeito as vezes, gente que divaga com clareza, gosto dessa coisa de amar o que aparece, gosto do artista casual.
E se em cada um existe um artista escondido, que ele seja liberto, mesmo que por um dia, mesmo que por uma noite. Porque é de gente sem pudores que o mundo precisa.
segunda-feira, 21 de dezembro de 2015
É, morena
Hoje acordei feliz, sem entender o motivo de tanta felicidade. Até que te encontro e me deparo com aquele sorriso revigorante que chegou para ficar e se fazer presente o tempo todo, afinal, é um sorriso recente, é um sorriso que diz: "Finalmente a encontrei".
Já o vi amar de todas as maneiras possíveis, já o vi ser estrago, tumulto, bagunça e desespero em corações. E já vi seu coração sofrer quando decidiu se jogar de cabeça, e seu problema foi mirar em pessoas rasas, e entrar em labirintos em busca de horizontes. Também já o vi atirar e ter a bala ricocheteada para si, o vi com medo e o vi dando medo. Mas dizem que o tempo entende o que faz, e passei a acreditar quando aquele sorriso apareceu por conta dela. Ela, que é parceria, é aventura, é erro, é acerto, é a fuga das balas perdidas que ele fez questão de encontrar. Ela que todos julgavam mais uma na lista colecionável, mais uma nas noites cheias que resultavam em manhãs vazias. Ela que agora fazia dele um alguém de músicas calmas, filmes tranquilos e riso solto.
Ela é diferente de um modo parecido, também gosta de jóias, de carros caros e de roupas de marca, mas também se suja sem medo, bebe como se deve o fazer, faz amizade com facilidade, não tem ciúme de toda mulher que se aproxima, e se faz liberdade. É, ele achou sua morena que faz piada sozinha, que ri alto e bebe com seus amigos.
Sua felicidade me trouxe felicidade, me trouxe paz. Eles estão felizes, uma felicidade sem rótulos, umas felicidade apresentável, onde ele a apresenta como "sua". Sua música que toca repentinamente, sua gargalhada em bares, sua calmaria, sua paz, sua morena.
Já o vi amar de todas as maneiras possíveis, já o vi ser estrago, tumulto, bagunça e desespero em corações. E já vi seu coração sofrer quando decidiu se jogar de cabeça, e seu problema foi mirar em pessoas rasas, e entrar em labirintos em busca de horizontes. Também já o vi atirar e ter a bala ricocheteada para si, o vi com medo e o vi dando medo. Mas dizem que o tempo entende o que faz, e passei a acreditar quando aquele sorriso apareceu por conta dela. Ela, que é parceria, é aventura, é erro, é acerto, é a fuga das balas perdidas que ele fez questão de encontrar. Ela que todos julgavam mais uma na lista colecionável, mais uma nas noites cheias que resultavam em manhãs vazias. Ela que agora fazia dele um alguém de músicas calmas, filmes tranquilos e riso solto.
Ela é diferente de um modo parecido, também gosta de jóias, de carros caros e de roupas de marca, mas também se suja sem medo, bebe como se deve o fazer, faz amizade com facilidade, não tem ciúme de toda mulher que se aproxima, e se faz liberdade. É, ele achou sua morena que faz piada sozinha, que ri alto e bebe com seus amigos.
Sua felicidade me trouxe felicidade, me trouxe paz. Eles estão felizes, uma felicidade sem rótulos, umas felicidade apresentável, onde ele a apresenta como "sua". Sua música que toca repentinamente, sua gargalhada em bares, sua calmaria, sua paz, sua morena.
quarta-feira, 16 de dezembro de 2015
E brindemos

Meu ano foi, em uma palavra, louco. E sim, eu havia o planejado quase que inteiro e sequer cheguei perto de cumprir com tudo. Porque, ironicamente, não colocamos à nossa "lista": conhecer um mundo novo, um novo eu, um novo alguém, uma nova música que passa a mudar seus pensamentos, uma nova lição, uma nova amizade, um novo ano. Geralmente nos prendemos ao: arrumar um emprego, focar nos estudos, não se apegar, não se deixar levar, aprender algo útil para a vida profissional e ponto final. Eis que finalizamos a lista e junto as possibilidades de nos surpreendermos. Cresci uns dez anos em doze meses, aprendi muito com muita gente, e foi sem querer, sem prever.
Rasguei minha lista lá para julho, me permiti desapegar dos planos porque cresci, e descobri que a cada dia mudamos nossos pensamentos relacionados à algo. E mudei, intuitiva e ocasionalmente, o que agora aconselho todos a fazer, deixar que as mudanças nos transformem.
Para o ano que se aproxima? Rasgar a lista. É o começo, o meio e o fim de minha lista, já que me permitirei mudar, mudar a vida de alguém, fazer a diferença em algum lugar, de alguma maneira. E no fim, agradecer por tudo o que aconteceu, desde as piores coisas, porque são elas que fazem com que as boas sejam tão valiosas. E que venha mais um ano e com ele, mais possibilidades, para que aprendamos a brindar, pelo pouco, pelo muito, pelo ano.
Meu melhor lapso.
Se Nando se embaralhou para falar de Cássia, imagine o quanto não me perderia para falar sobre ele. Ele, que em meio a tanta confusão e tumulto, se tornou minha paz. Sim, minha paz é morena, engraçada, um pouquinho charmosa e estranha, muito estranha. Devo dizer, há uma semelhança na nossa... estranheza.
Um acaso maravilhoso, eis o que ele é. Daqueles que de um jeito ou de outro eu esbarraria, e por sorte, foi justamente quando tudo buscava um equilíbrio inexplicável. E foi justamente aquele sorriso que me chamou atenção, que roubou meu interesse pelo cômodo e me fez querer o novo, aquele sorriso que me acalma de longe e que de longe, me dá saudade. E temos tudo para sermos outra história desses casos absurdos que comentam no cotidiano, onde dizem que ela é pouco para ele, ou que ele possui interesses exteriores relacionados a ela. Mas essa história tem sido contado há um bom tempo, sobre ela, que é tormento e barulho, que se encaixa nele, que é calmaria e orientação (Deixando claro que as melhores histórias são repletas de atenuações).
Um pouco clichê, de uma maneira surpreendente. Acabei gostando, muito. Meu lado "careta" tinha um admirador, aliás, um alguém para compartilhar cada detalhe dessa estranheza. E finalmente podia falar sobre minhas histórias rodeadas de bebida, arte e música boa. Já que foi ele quem fez Nando, Cássia, Baleiro e Gadú finalmente fazer sentido.
E de todas as maneiras que o mundo poderia me apresentar a ele, acabamos passando por todas e permanecendo na mais previsível-não-previsível, pois aquele sorrisinho bobo de estacionamento se tornou um parceiro de dança, um parceiro de cerveja em bares rodeados dos modões que tanto gosta e um caso de tardes tranquilas, onde me esqueço e me encontro nele. Agora sou quem sempre quis ser, eu. Me deixa ser boba, me acalma, me atormenta, me faz acreditar que mesmo que o tempo passe, os melhores momentos ficarão.
Fomos feitos de música, teatro e magia, portanto se entre eu e ele há acasos, que em nós haja ainda mais sorte, mais música e mais magia.
Um acaso maravilhoso, eis o que ele é. Daqueles que de um jeito ou de outro eu esbarraria, e por sorte, foi justamente quando tudo buscava um equilíbrio inexplicável. E foi justamente aquele sorriso que me chamou atenção, que roubou meu interesse pelo cômodo e me fez querer o novo, aquele sorriso que me acalma de longe e que de longe, me dá saudade. E temos tudo para sermos outra história desses casos absurdos que comentam no cotidiano, onde dizem que ela é pouco para ele, ou que ele possui interesses exteriores relacionados a ela. Mas essa história tem sido contado há um bom tempo, sobre ela, que é tormento e barulho, que se encaixa nele, que é calmaria e orientação (Deixando claro que as melhores histórias são repletas de atenuações).
Um pouco clichê, de uma maneira surpreendente. Acabei gostando, muito. Meu lado "careta" tinha um admirador, aliás, um alguém para compartilhar cada detalhe dessa estranheza. E finalmente podia falar sobre minhas histórias rodeadas de bebida, arte e música boa. Já que foi ele quem fez Nando, Cássia, Baleiro e Gadú finalmente fazer sentido.
E de todas as maneiras que o mundo poderia me apresentar a ele, acabamos passando por todas e permanecendo na mais previsível-não-previsível, pois aquele sorrisinho bobo de estacionamento se tornou um parceiro de dança, um parceiro de cerveja em bares rodeados dos modões que tanto gosta e um caso de tardes tranquilas, onde me esqueço e me encontro nele. Agora sou quem sempre quis ser, eu. Me deixa ser boba, me acalma, me atormenta, me faz acreditar que mesmo que o tempo passe, os melhores momentos ficarão.
Fomos feitos de música, teatro e magia, portanto se entre eu e ele há acasos, que em nós haja ainda mais sorte, mais música e mais magia.
terça-feira, 8 de dezembro de 2015
Um pedido
("Ela aparece as vezes e compensa todos os dias que estou sem ela", ele disse. E me inspirei. Indico a faixa número 13 - Me and Mrs. Jones)
Fica, só por hoje. O amanhã a gente esconde embaixo do colchão e pega quando amanhecer, junto com nossos contos de madrugada. E se no amanhã não existir nós, a gente deixa no rodapé, como a observação de um capítulo que revisaremos qualquer dia. Porque hoje você pode (e deve) ficar.
Pode chegar tarde, não vejo problema, venha cansado, venha irritado, venha chateado, mas venha, e eu prometo dar um fim ao seu estresse, nem que seja fazendo-o rir de meus trajes antiquados para a ocasião, ou contando sobre meu dia que provavelmente estará repleto de "eu cai em tal lugar, bati a perna em tal quina, ri de tal criança na rua, sorri para fulano em tal lugar" dentre outras coisas que sabe que tenho um dom magnífico para atrair, como senhoras loucas para compartilhar suas vidas de tricô e problemas familiares e gente irritada de fila de mercado.
Então vem, te acalmo com as histórias de meus acasos enquanto você analisa minha hiperatividade exagerada pelos cantos da casa, já que se acostumou com minha mania teatral de relatar fatos específicos. Deixa a blusa pra lá, por favor, não gosto de arrumação mas me encontro em minha bagunça. Esqueça sua rotina cheia, senta aqui no sofá comigo, coloque minhas pernas sobre seu colo e se distraia, sinta esse seu sorriso maravilhoso abrir durante nossas conversas. Posso colocar blues hoje? Vamos ouvir Gaye, Bublé, Amstrong, King e Johnson. Hoje nos misturaremos ou posso só recostar em você? Vamos nos entrelaçar durante os risos que esvaem quando relembramos as noites frias com as meias até os joelhos onde você esquentava minhas mãos. Pegue meu celular, por favor, vamos rir de algumas pérolas de redes sociais e comentar sobre nossos amigos em suas vidas impecáveis. Quero ler algumas coisas, me mostre seus textos, vem, compartilhe sua vida que a gente acaba se entendendo nos esbarrões que ela dá. E vem, chegue mais perto, beije minha testa para que eu sinta sua barba mal feita se fazer presente enquanto te conto a história por trás da composição das músicas que preenchem a noite, são antigas mas são boas, pode confiar. Posso ser criança com você? Deu uma vontade louca de correr pelos cômodos e descansar em teus risos, e de te provocar com alguns de nossos predicados. Aliás, adoro quando volta toda a atenção para mim toda vez que conto minhas histórias não-tão-fascinantes, e por que aquele sorriso suave que aparece me intriga tanto?
Então fica, porque essa noite é em teu cheiro que irei me afagar, e em teus braços encontrarei conforto. Pode jogar o travesseiro pra lá, contigo não preciso de nada que me acompanhe durante os dias sem você. Caso eu pegue no sono, pode só me me abraçar forte para que seu perfume fique quando você for só uma noite das que me vi feliz? Ou façamos como sempre, você aproveita sua vida longe daqui e finaliza comigo as noites, os dias e as histórias.
Fica, só por hoje. O amanhã a gente esconde embaixo do colchão e pega quando amanhecer, junto com nossos contos de madrugada. E se no amanhã não existir nós, a gente deixa no rodapé, como a observação de um capítulo que revisaremos qualquer dia. Porque hoje você pode (e deve) ficar.
Pode chegar tarde, não vejo problema, venha cansado, venha irritado, venha chateado, mas venha, e eu prometo dar um fim ao seu estresse, nem que seja fazendo-o rir de meus trajes antiquados para a ocasião, ou contando sobre meu dia que provavelmente estará repleto de "eu cai em tal lugar, bati a perna em tal quina, ri de tal criança na rua, sorri para fulano em tal lugar" dentre outras coisas que sabe que tenho um dom magnífico para atrair, como senhoras loucas para compartilhar suas vidas de tricô e problemas familiares e gente irritada de fila de mercado.

Então fica, porque essa noite é em teu cheiro que irei me afagar, e em teus braços encontrarei conforto. Pode jogar o travesseiro pra lá, contigo não preciso de nada que me acompanhe durante os dias sem você. Caso eu pegue no sono, pode só me me abraçar forte para que seu perfume fique quando você for só uma noite das que me vi feliz? Ou façamos como sempre, você aproveita sua vida longe daqui e finaliza comigo as noites, os dias e as histórias.
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