Hoje acordei feliz, sem entender o motivo de tanta felicidade. Até que te encontro e me deparo com aquele sorriso revigorante que chegou para ficar e se fazer presente o tempo todo, afinal, é um sorriso recente, é um sorriso que diz: "Finalmente a encontrei".
Já o vi amar de todas as maneiras possíveis, já o vi ser estrago, tumulto, bagunça e desespero em corações. E já vi seu coração sofrer quando decidiu se jogar de cabeça, e seu problema foi mirar em pessoas rasas, e entrar em labirintos em busca de horizontes. Também já o vi atirar e ter a bala ricocheteada para si, o vi com medo e o vi dando medo. Mas dizem que o tempo entende o que faz, e passei a acreditar quando aquele sorriso apareceu por conta dela. Ela, que é parceria, é aventura, é erro, é acerto, é a fuga das balas perdidas que ele fez questão de encontrar. Ela que todos julgavam mais uma na lista colecionável, mais uma nas noites cheias que resultavam em
manhãs vazias. Ela que agora fazia dele um alguém de músicas calmas, filmes tranquilos e riso solto.
Ela é diferente de um modo parecido, também gosta de jóias, de carros caros e de roupas de marca, mas também se suja sem medo, bebe como se deve o fazer, faz amizade com facilidade, não tem ciúme de toda mulher que se aproxima, e se faz liberdade. É, ele achou sua morena que faz piada sozinha, que ri alto e bebe com seus amigos.
Sua felicidade me trouxe felicidade, me trouxe paz. Eles estão felizes, uma felicidade sem rótulos, umas felicidade apresentável, onde ele a apresenta como "sua". Sua música que toca repentinamente, sua gargalhada em bares, sua calmaria, sua paz, sua morena.
segunda-feira, 21 de dezembro de 2015
quarta-feira, 16 de dezembro de 2015
E brindemos

Meu ano foi, em uma palavra, louco. E sim, eu havia o planejado quase que inteiro e sequer cheguei perto de cumprir com tudo. Porque, ironicamente, não colocamos à nossa "lista": conhecer um mundo novo, um novo eu, um novo alguém, uma nova música que passa a mudar seus pensamentos, uma nova lição, uma nova amizade, um novo ano. Geralmente nos prendemos ao: arrumar um emprego, focar nos estudos, não se apegar, não se deixar levar, aprender algo útil para a vida profissional e ponto final. Eis que finalizamos a lista e junto as possibilidades de nos surpreendermos. Cresci uns dez anos em doze meses, aprendi muito com muita gente, e foi sem querer, sem prever.
Rasguei minha lista lá para julho, me permiti desapegar dos planos porque cresci, e descobri que a cada dia mudamos nossos pensamentos relacionados à algo. E mudei, intuitiva e ocasionalmente, o que agora aconselho todos a fazer, deixar que as mudanças nos transformem.
Para o ano que se aproxima? Rasgar a lista. É o começo, o meio e o fim de minha lista, já que me permitirei mudar, mudar a vida de alguém, fazer a diferença em algum lugar, de alguma maneira. E no fim, agradecer por tudo o que aconteceu, desde as piores coisas, porque são elas que fazem com que as boas sejam tão valiosas. E que venha mais um ano e com ele, mais possibilidades, para que aprendamos a brindar, pelo pouco, pelo muito, pelo ano.
Meu melhor lapso.
Se Nando se embaralhou para falar de Cássia, imagine o quanto não me perderia para falar sobre ele. Ele, que em meio a tanta confusão e tumulto, se tornou minha paz. Sim, minha paz é morena, engraçada, um pouquinho charmosa e estranha, muito estranha. Devo dizer, há uma semelhança na nossa... estranheza.
Um acaso maravilhoso, eis o que ele é. Daqueles que de um jeito ou de outro eu esbarraria, e por sorte, foi justamente quando tudo buscava um equilíbrio inexplicável. E foi justamente aquele sorriso que me chamou atenção, que roubou meu interesse pelo cômodo e me fez querer o novo, aquele sorriso que me acalma de longe e que de longe, me dá saudade. E temos tudo para sermos outra história desses casos absurdos que comentam no cotidiano, onde dizem que ela é pouco para ele, ou que ele possui interesses exteriores relacionados a ela. Mas essa história tem sido contado há um bom tempo, sobre ela, que é tormento e barulho, que se encaixa nele, que é calmaria e orientação (Deixando claro que as melhores histórias são repletas de atenuações).
Um pouco clichê, de uma maneira surpreendente. Acabei gostando, muito. Meu lado "careta" tinha um admirador, aliás, um alguém para compartilhar cada detalhe dessa estranheza. E finalmente podia falar sobre minhas histórias rodeadas de bebida, arte e música boa. Já que foi ele quem fez Nando, Cássia, Baleiro e Gadú finalmente fazer sentido.
E de todas as maneiras que o mundo poderia me apresentar a ele, acabamos passando por todas e permanecendo na mais previsível-não-previsível, pois aquele sorrisinho bobo de estacionamento se tornou um parceiro de dança, um parceiro de cerveja em bares rodeados dos modões que tanto gosta e um caso de tardes tranquilas, onde me esqueço e me encontro nele. Agora sou quem sempre quis ser, eu. Me deixa ser boba, me acalma, me atormenta, me faz acreditar que mesmo que o tempo passe, os melhores momentos ficarão.
Fomos feitos de música, teatro e magia, portanto se entre eu e ele há acasos, que em nós haja ainda mais sorte, mais música e mais magia.
Um acaso maravilhoso, eis o que ele é. Daqueles que de um jeito ou de outro eu esbarraria, e por sorte, foi justamente quando tudo buscava um equilíbrio inexplicável. E foi justamente aquele sorriso que me chamou atenção, que roubou meu interesse pelo cômodo e me fez querer o novo, aquele sorriso que me acalma de longe e que de longe, me dá saudade. E temos tudo para sermos outra história desses casos absurdos que comentam no cotidiano, onde dizem que ela é pouco para ele, ou que ele possui interesses exteriores relacionados a ela. Mas essa história tem sido contado há um bom tempo, sobre ela, que é tormento e barulho, que se encaixa nele, que é calmaria e orientação (Deixando claro que as melhores histórias são repletas de atenuações).
Um pouco clichê, de uma maneira surpreendente. Acabei gostando, muito. Meu lado "careta" tinha um admirador, aliás, um alguém para compartilhar cada detalhe dessa estranheza. E finalmente podia falar sobre minhas histórias rodeadas de bebida, arte e música boa. Já que foi ele quem fez Nando, Cássia, Baleiro e Gadú finalmente fazer sentido.
E de todas as maneiras que o mundo poderia me apresentar a ele, acabamos passando por todas e permanecendo na mais previsível-não-previsível, pois aquele sorrisinho bobo de estacionamento se tornou um parceiro de dança, um parceiro de cerveja em bares rodeados dos modões que tanto gosta e um caso de tardes tranquilas, onde me esqueço e me encontro nele. Agora sou quem sempre quis ser, eu. Me deixa ser boba, me acalma, me atormenta, me faz acreditar que mesmo que o tempo passe, os melhores momentos ficarão.
Fomos feitos de música, teatro e magia, portanto se entre eu e ele há acasos, que em nós haja ainda mais sorte, mais música e mais magia.
terça-feira, 8 de dezembro de 2015
Um pedido
("Ela aparece as vezes e compensa todos os dias que estou sem ela", ele disse. E me inspirei. Indico a faixa número 13 - Me and Mrs. Jones)
Fica, só por hoje. O amanhã a gente esconde embaixo do colchão e pega quando amanhecer, junto com nossos contos de madrugada. E se no amanhã não existir nós, a gente deixa no rodapé, como a observação de um capítulo que revisaremos qualquer dia. Porque hoje você pode (e deve) ficar.
Pode chegar tarde, não vejo problema, venha cansado, venha irritado, venha chateado, mas venha, e eu prometo dar um fim ao seu estresse, nem que seja fazendo-o rir de meus trajes antiquados para a ocasião, ou contando sobre meu dia que provavelmente estará repleto de "eu cai em tal lugar, bati a perna em tal quina, ri de tal criança na rua, sorri para fulano em tal lugar" dentre outras coisas que sabe que tenho um dom magnífico para atrair, como senhoras loucas para compartilhar suas vidas de tricô e problemas familiares e gente irritada de fila de mercado.
Então vem, te acalmo com as histórias de meus acasos enquanto você analisa minha hiperatividade exagerada pelos cantos da casa, já que se acostumou com minha mania teatral de relatar fatos específicos. Deixa a blusa pra lá, por favor, não gosto de arrumação mas me encontro em minha bagunça. Esqueça sua rotina cheia, senta aqui no sofá comigo, coloque minhas pernas sobre seu colo e se distraia, sinta esse seu sorriso maravilhoso abrir durante nossas conversas. Posso colocar blues hoje? Vamos ouvir Gaye, Bublé, Amstrong, King e Johnson. Hoje nos misturaremos ou posso só recostar em você? Vamos nos entrelaçar durante os risos que esvaem quando relembramos as noites frias com as meias até os joelhos onde você esquentava minhas mãos. Pegue meu celular, por favor, vamos rir de algumas pérolas de redes sociais e comentar sobre nossos amigos em suas vidas impecáveis. Quero ler algumas coisas, me mostre seus textos, vem, compartilhe sua vida que a gente acaba se entendendo nos esbarrões que ela dá. E vem, chegue mais perto, beije minha testa para que eu sinta sua barba mal feita se fazer presente enquanto te conto a história por trás da composição das músicas que preenchem a noite, são antigas mas são boas, pode confiar. Posso ser criança com você? Deu uma vontade louca de correr pelos cômodos e descansar em teus risos, e de te provocar com alguns de nossos predicados. Aliás, adoro quando volta toda a atenção para mim toda vez que conto minhas histórias não-tão-fascinantes, e por que aquele sorriso suave que aparece me intriga tanto?
Então fica, porque essa noite é em teu cheiro que irei me afagar, e em teus braços encontrarei conforto. Pode jogar o travesseiro pra lá, contigo não preciso de nada que me acompanhe durante os dias sem você. Caso eu pegue no sono, pode só me me abraçar forte para que seu perfume fique quando você for só uma noite das que me vi feliz? Ou façamos como sempre, você aproveita sua vida longe daqui e finaliza comigo as noites, os dias e as histórias.
Fica, só por hoje. O amanhã a gente esconde embaixo do colchão e pega quando amanhecer, junto com nossos contos de madrugada. E se no amanhã não existir nós, a gente deixa no rodapé, como a observação de um capítulo que revisaremos qualquer dia. Porque hoje você pode (e deve) ficar.
Pode chegar tarde, não vejo problema, venha cansado, venha irritado, venha chateado, mas venha, e eu prometo dar um fim ao seu estresse, nem que seja fazendo-o rir de meus trajes antiquados para a ocasião, ou contando sobre meu dia que provavelmente estará repleto de "eu cai em tal lugar, bati a perna em tal quina, ri de tal criança na rua, sorri para fulano em tal lugar" dentre outras coisas que sabe que tenho um dom magnífico para atrair, como senhoras loucas para compartilhar suas vidas de tricô e problemas familiares e gente irritada de fila de mercado.

Então fica, porque essa noite é em teu cheiro que irei me afagar, e em teus braços encontrarei conforto. Pode jogar o travesseiro pra lá, contigo não preciso de nada que me acompanhe durante os dias sem você. Caso eu pegue no sono, pode só me me abraçar forte para que seu perfume fique quando você for só uma noite das que me vi feliz? Ou façamos como sempre, você aproveita sua vida longe daqui e finaliza comigo as noites, os dias e as histórias.
segunda-feira, 7 de dezembro de 2015
Deixe-o planejar
Ele não abre a porta do carro para você, não leva flores, não manda mensagens fofas durante a noite, não a presenteia com frequência. E você se sente culpada por gostar dele.
Mas como dizem, cada um é de um jeito, e sei que todos os outros eram passivos de suas exigências, e seus caprichos. E você os abandonou, encontrou defeitos inexistentes e exigiu detalhes inalcançáveis. Então dessa vez, segure! Ele é diferente, te faz gargalhar com uma facilidade jamais encontrada, te deixa sem chão sem esforço algum e por incrível que pareça, faz com que você se sinta mais especial que qualquer outra que já teve.
Priorize suas qualidades, ele a deixou dirigir sua moto -que jamais havia sido guiada por outro alguém-, ele a cativou com seu gosto musical, afinal, quem ouve Joplin, Floyd e Hendrix nas condições atuais? Segure, mas segure com força! Seus amigos a adoram, e conhece o histórico, você acabou sendo exatamente quem é e funcionou. Sua jaqueta favorita está em torno de seus braços, qual outra a usou? Por você ele passou a ouvir jazz e aprendeu a dançar calmamente, parou para pensar quantas vezes ele já aprendeu pela primeira vez? Exatamente. É com você que ele quer passar o domingo a noite, é de você que ele precisa para esquecer todas histórias mal consignadas de noites insanas. E você quem ele ensinou a beber seus drinks de adolescência confusa e com você ele aprendeu a ler sem obrigação.
Portanto, não solte dessa vez, porque se ele não abre a porta do carro, é porque suas mãos estão ocupadas procurando sua música favorita para que entre no carro e se deixe levar pelo momento criado. Se durante a noite as mensagens não aparecem, é porque está ocupado lendo os textos que aprendeu com você. Se os presentes frequentes não aparecem, é porque não quer ser mais um ao lado dos que você coleciona de forma intuitiva. Então acredite quando ele diz que dessa vez vai ficar.
Mas como dizem, cada um é de um jeito, e sei que todos os outros eram passivos de suas exigências, e seus caprichos. E você os abandonou, encontrou defeitos inexistentes e exigiu detalhes inalcançáveis. Então dessa vez, segure! Ele é diferente, te faz gargalhar com uma facilidade jamais encontrada, te deixa sem chão sem esforço algum e por incrível que pareça, faz com que você se sinta mais especial que qualquer outra que já teve.
Priorize suas qualidades, ele a deixou dirigir sua moto -que jamais havia sido guiada por outro alguém-, ele a cativou com seu gosto musical, afinal, quem ouve Joplin, Floyd e Hendrix nas condições atuais? Segure, mas segure com força! Seus amigos a adoram, e conhece o histórico, você acabou sendo exatamente quem é e funcionou. Sua jaqueta favorita está em torno de seus braços, qual outra a usou? Por você ele passou a ouvir jazz e aprendeu a dançar calmamente, parou para pensar quantas vezes ele já aprendeu pela primeira vez? Exatamente. É com você que ele quer passar o domingo a noite, é de você que ele precisa para esquecer todas histórias mal consignadas de noites insanas. E você quem ele ensinou a beber seus drinks de adolescência confusa e com você ele aprendeu a ler sem obrigação.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015
Hoje tudo está organizado, demais
(Indico, para este, a faixa número 21 - Drops of Jupiter)
Já que toda história fascinante sobre um casal específico é composta por um mau elemento, e uma vítima de charme excessivo e adrenalina em grande quantidade, devo dizer, fui a vítima. E ela foi o pior elemento que eu poderia ter encontrado, é como entrar em uma base aérea e chocar com o único poste do local, e ela foi o maldito único poste que me fez colidir com sensações jamais sentidas.
A princípio, ela passa a impressão de boa moça, de família, bem instruída sobre os estereótipos masculinos e de poucas histórias de fogueira. Mas quem diria que aquela boa moça causaria tanto estrago? Do grupo de amigas, era aquela que fica sempre ao meio da foto, sem a parte de empinar todas suas boas saliências, era aquela que esperava acontecer e não corria atrás de todos os homens dos bares e das festas, era a que bebia sem mostrar a todos a alta quantidade que podia consumir, era a mais deslocada e a que fazia toda a diferença.
A conheci como todo início de história, sem querer, com um esbarrão ou outro. E com o tempo se tornou muito mais importante do que devia, ela fez com que minhas festas perdessem a graça (Afinal, por que dançar com alguém senão ela?), fez também com que os jogos de futebol ficassem entediantes (Toda vez a procurava na torcida gritando balançando sua cerveja de um lado para o outro), fez com que todas as outras perdessem a graça. Comecei a procurar em tudo algo dela, de todos os abraços, queria aquele par de braços magrelos enrolados em meu pescoço; de todos os sorrisos, esperava aquele contornado de batom forte; de todos os beijos, queria aquele que me trazia um sorriso espontâneo. Ela era bagunça dos pés à cabeça, me desestabilizava, bagunçava minha cabeça e acabou bagunçando meu coração. Tentei aceitar certos sentimentos, apesar de saber que não era boa moça. Era louca, louquinha, ouvia jazz como uma senhora que se acaba em vinhos caros, ouvia rock como um bêbado de cabelos compridos que se acaba em rodas punk, dançava com sutileza e graça como uma bailarina, me batia como um lutador profissional quando a irritava, me deixava olhar para todas as mulheres que quisesse e jamais sentia um pingo de ciúme ou inveja, ria de suas piadas ruins como se ninguém as tivesse ouvido e falava besteiras para meus amigos por se sentir em casa. E me deixava louco, louquinho.
As vezes me tirava a paciência, como quando entrava em meu carro e depositava seus pés no painel, enquanto cantava alto os MPBs que colocava em meu rádio por vontade própria. Ou quando brincava com seus amigos sobre se casar com fulano ou siclano, já que no fundo eu tinha aquele ciúme saudável-nada-saudável. E quando levava as mãos ao meu rosto e o apertava simplesmente para me ver irritado, como toda vez que bagunçava meus cabelos. Ela era um lapso, uma loucura, e de todas que já tive, não se comparava, sumia com os sentimentos antigos, me fazia querer tê-la conhecido antes de as confusões amorosas que já tive, e me fez querer desistir da vida agitada, me fez querer tê-la por perto todas as noites e todas as manhãs, para me drogar com meu perfume que se tornava doce apenas quando alcançava seu corpo. Mas o medo me segurou, e escolhi não assumir que ela mexia comigo, e a deixei ir, porque no fundo algumas coisas se tornam recíprocas.
Hoje me arrependo de ter sido corrompido por pensamentos mundanos e inegáveis, porque todos os dias descanso o olhar em direção ao painel do meu carro, perdido em pensamentos sobre ela, acompanhados de seus pés que nunca paravam e daquele olhar maroto voltado para o rádio enquanto aguardava a próxima canção. E quem me dera ser sua próxima canção, porque as melhores são as que ouvimos em excesso quando a descobrimos, e após um tempo, voltamos a nos viciar na mesma.
quarta-feira, 2 de dezembro de 2015
"Dominguices"
Com o tempo e o acúmulo de responsabilidades, acabamos perdendo o contato com nossos dias mais suaves e com nossas habitualidades para com os mesmos, e em certo momento, somos pegos pela saudade.
Comigo não é diferente, sinto falta dos domingos. Dos chuvosos, cinzas, ensolarados, agitados, apaixonantes, absurdos, entendiantes, e sempre, autores. Porque domingos são autores de meus melhores e mais bem-sucedidos pensamentos, de meus melhores lapsos e de minhas mais espontâneas sensações. Domingo é dia de poesia calma e distante, blues alto, shorts curtos, blusas grandes demais para toda a nostalgia implícita, meias até os joelhos quando o frio incomoda, cabelos bagunçados, sutiã o mais longe possível e, não menos importante, naturalidade. Naturalmente apaixonada por personagens de romances clichês que sempre levam uma flor à sua princesa sonsa (e devo dizer, não suporto e não vejo justiça em receber flores, mas receberia de um Noah Calhoun sem problemas!), naturalmente sem maquiagem e sem perfumes caros, naturalmente concentrada no cheirinho de café que toma conta da casa quando a manhã finalmente chega para acordá-la com aquela falta de noção causada pela noite anterior, onde provavelmente outra boa história foi escrita, e que será suprida pelo melhor autor existente.
Domingos foram feitos para nos saturarmos de nós, enquanto dançamos desordenadamente pelos cômodos fazendo com que os pensamentos de que uma semana nova começará sejam dissipados, é dia de não pensar e deixar o riso fluir, bobo, ingênuo, inocente, malicioso. É dia de entrelinhas, linhas, frases, estrofes, conclusões, dia de se perder por amores e se encontrar por paixões.
Porque é nos domingos que sentimos a vida, quem já passou por ela, quem fez parte, quem faz parte e quem chegou agora e já está causando aquele tumulto de tempos, enquanto abraçamos as almofadas, bagunçamos os lençóis, enxugamos as lágrimas dos dramas em travesseiros, afagamos os risos das comédias no colchão e bocejamos à cada dois minutos, porque o corpo ainda não se contentou com o pouco descanso que não compensou toda bebida consumida na história passada.
E quando a semana começa, estamos novos conosco e novos com os outros, porque autores renovam suas histórias.
Domingos foram feitos para nos saturarmos de nós, enquanto dançamos desordenadamente pelos cômodos fazendo com que os pensamentos de que uma semana nova começará sejam dissipados, é dia de não pensar e deixar o riso fluir, bobo, ingênuo, inocente, malicioso. É dia de entrelinhas, linhas, frases, estrofes, conclusões, dia de se perder por amores e se encontrar por paixões.
Porque é nos domingos que sentimos a vida, quem já passou por ela, quem fez parte, quem faz parte e quem chegou agora e já está causando aquele tumulto de tempos, enquanto abraçamos as almofadas, bagunçamos os lençóis, enxugamos as lágrimas dos dramas em travesseiros, afagamos os risos das comédias no colchão e bocejamos à cada dois minutos, porque o corpo ainda não se contentou com o pouco descanso que não compensou toda bebida consumida na história passada.
E quando a semana começa, estamos novos conosco e novos com os outros, porque autores renovam suas histórias.
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