sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Classicamente Indescritível.

Todas as pessoas algum dia encontram alguém que simplesmente não presta, não se encaixa em seus padrões, nem faz jus à seu maneira visivelmente apaixonante. E algum dia, você encontrará ela, que não se explica, não se prende e apenas se permite. Ela, que apenas vive, nunca deixou alguém roubar seu coração, sequer pretende.
Como posso descrevê-la? Eis a pergunta mais difícil que poderia me fazer. Nem os maiores artistas saberiam respondê-la. Apesar de que, para alguns, chegaria próximo do real.

Logo de cara, Elvis diria que ela está sempre em sua mente e então, perguntaria se ela está sozinha esta noite, e Sinatra diria o quão encantadora ela está esta noite. Enquanto Ray diria que ela é uma mulher na cidade que (de fato) é boa para ele. Ah, se Louis tivesse dito que ela é tudo o que ele esperava, talvez Billie não tivesse dito que ela é a melhor coisa que acontece para os que esperam.
Mas ainda creio que Elvis seria o melhor para retratá-la. Ele diria que, com aquele batom vermelho de grandes noites, chamava a atenção de todos e fazia com que algum sortudo tivesse o prazer de prová-lo, facilmente "The Devil in Desguise", e com seu sorriso que desestabilizava qualquer um que o fitasse por muito tempo que ela "Can't help falling in love" (ou não). E após alguns meses perto dela, o mais justo e certo seria deixá-la "Always on your mind", mesmo que ela não usa "Blue Suede Shoes", garanto que seus até mesmo seus tênis envelhecidos o farão se apaixonar. E se o tempo com ela não for o suficiente, "That's Alright", arrume um pouco mais, pois sabe que valerá a pena.
Afinal, ela não passa do "Bruning Love" que todos deveriam ter.

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Sua garotinha cresceu.

Crescer é algo muito caótico, de certa forma complexo, mas também tão natural que é raramente notado. Isto é, só notamos o quanto crescemos, quando é preciso. E o mesmo aconteceu com sua garotinha, ela notou recentemente que cresceu, que não é mais aquela pequena que anseia grandes planos, não ri espontaneamente com tanta facilidade, sequer sonha tão alto como antes... E notou também, que é apenas o preço de uma maturidade certamente precoce.
Ela, que antes gostava de se equilibrar na beirada da calçada ao andar, hoje desafia seus próprios sonhos se equilibrando entre manter-se firme e forte e enfrentá-los. Ela, que antes esperava ser levada à dançar para que se sentisse bem e auto confiante, hoje é a essência da confiança enquanto cativa aos que a observam dançando de seu modo descontraído, fluído. Aquela pequena que antes era o contorno da sensibilidade miscigenando a inocência, hoje é a coragem e a liberdade consentidas.
Afinal, aquela garotinha que se contorcia ao rir de piadas repetitivas, é hoje a mulher que carrega aquela diversão infantil em seus sorrisos,e que carrega também suas manias mais peculiares, e em seu olhar, leva toda a imaginação e paixão que possui desde a época em que não podia alcançar os armários. E não há quem não se orgulhe da mulher que ela se tornou: Forte, destemida, divertida, inteligente e acima de tudo, livre. 

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Se for mergulhar, descubra a profundidade

Minha filosofia de vida sempre baseou-se em Provehito in Altum. Isto é: Lançar-se ao infinito (de um latim um pouco enferrujado). Porém, sempre precisamos dar determinada relevância à profundidade, por mais atraente que seja a sensação de pular sem medo.
Digamos que a profundidade tenha um pseudônimo, como grande artista que é. E ele está assinado por "Felicidade". E aí, dentro de seus conceitos da mesma você pularia, ou melhor, a provocaria mesmo sem saber quais as consequências? Afinal, ser feliz é mesmo tão difícil assim? Ou é só fechar os olhos, levantar os braços e se deixar levar?!
E eu digo que não, pois, como tudo na vida, é preciso um prévio conhecimento. Como conhecer aquele alguém que está ao seu lado há um tempo... Conheça tudo, os detalhes, as manias, os métodos, a gramática, a falta dela, os excessos, as faltas que pouco sobram e a falta que te faz. E se, só se for positivamente aprovado, se jogue nela. Faça dela sua ausência, sua abstinência e se pretende mergulhar fundo, faça dela seu infinito.
Apesar de toda e qualquer ligação com a felicidade, ou com o fato de ser tão ligada às relações, tenho dito e insistirei: Só é feliz quem, de fato, mergulha.

Quando a liberdade grita.

Sempre acreditei que fazia parte de um pequeno grupo de pessoas, dessas de bem com a vida, que se satisfazem com o pouco, com o simples. Mas acima de tudo que necessitam de liberdade. Não daquela que vê-se no cotidiano, que vêm de pessoas dependentes, mas daquela em abundância.
Nunca acreditei nessa história de "solte, se voltar, é seu", afinal, nossa liberdade não é algo materializado, sequer comprado, fora a questão de que para soltarmos algo, precisamos antes segurar, e é onde assassinamos o bom senso. Aliás, se a liberdade custa tão caro e pesa tanto na consciência, por que voar é tão fácil? Exatamente, o condicionamento jamais esteve atrás de um limite.
Não serei hipócrita, não mentirei. Já me relacionei de modo em que precisava prender algo, alguém. E como tudo nessa vida parcialmente desregrada, precisei aprender a não o fazer. E ao aprender garanto: Ser a liberdade de alguém é tornar-se livre. Poder confiar, fechar os olhos e se jogar de algo para algo, respirar fundo e esquecer o mundo, focar o desestruturado e se achar no incompreendido. Sim, o livre-arbítrio, quando encontrado é o melhor lugar para estar. É uma questão de ser! 


quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Chega de Protocolos!

Ultimamente tem sido tão difícil encontrar pessoas autênticas, legítimas e originais que ao encontrarmos temos uma reação surpreendente. É o que me ocorre diariamente, e é o que tenho buscado desde sempre.
Parem de ser apenas "Another Brick In The Wall", não precisamos rotular cada centímetro de nossa personalidade para devida aceitação social! Escondam suas carteiras e abram suas playlists, vão "até onde o motor aguenta", peneirem suas amizades e não sofram por isso, não se deem ao luxo de agradar aos que não merecem. Portanto, façam o que faz vocês sentirem exaltação, adrenalina iminente e aquele frio na barriga mais que bem-vindo, conquistem alguém com suas piores piadas, com suas teorias absurdas sem fundamento e com suas manias peculiares. Dancem em filas, cumprimentem aquela senhora que espera o sinal abrir puxando assunto com você, apresentem seu melhor sorriso para os que nitidamente necessitam vê-lo, abracem sem motivos e sem vergonha...
Quebrem. Os. Protocolos.

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Era para ser só mais um.

Eu já devia saber que você não era convencional, em nada. Mas o que vivenciamos foi um pouco mais que incomum, foi tempo de conhecer. Me conhecer. Te conhecer.
Se soubesse o que passou em minha mente a primeira vez que o vi, provavelmente iria dizer que sou tonta ou inventaria um de seus apelidos que sempre me fizeram rir. E riria caso soubesse como passei a admirá-lo em tão pouco tempo, seu gosto musical, o modo como falava, sua determinação, a maneira como sempre tratava todos excepcionalmente bem... E principalmente, os acasos sutilmente programados que tivemos.
Mas a questão principal é, você devia ser só mais um. Ou é o que imaginava antes de passar umas horas em sua companhia e acabar me acostumando com seu sorriso suave, que por sinal, passou a ser meu fraco e me desestabilizava quase que constantemente, com seu Quasar um pouco exagerado, com sua voz que denunciava seu olhar pelo tom, e o com seu modo de me tratar. Que permeavam a melhor parte de estar com você. Afinal, no fundo éramos bem parecidos, talvez mais do que o racional permita explicar.
E desde a primeira vez, percebi que seria diferente, quando apareceu com sua bebida acompanhado de um sorriso divertido voltado para mim, enquanto eu dançava descontraída e desengonçadamente com pessoas que sequer conhecia. Fiz o possível e o inalcançável para me afastar sutilmente de você, mas foi em vão e sua insistência me atraiu demasiadamente, devo assumir.
Portanto, o que mais gostei em meio a nosso tempo juntos, é que o conheci de modo sincero, não me prendi à você e vice-versa, o que fez com que todas as boas histórias se mantivessem. Mesmo que de forma abrupta. Você trazia sensações raras, que não sentia facilmente, como quando me puxava para dançar pela mão, sem dizer nada. Ou quando roubava um beijo repentino o bastante para me fazer corar e outros tantos detalhes que nos contornavam. E finalmente, estar com você foi simplesmente, liberdade.
Você foi a parte divertida que há tempos não transparecia. E agradeço por ter me permitido conhecê-lo, e, sobretudo, me conhecer.

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Por um amor MPB

Arcaicos que me perdoem, mas os melhores amores são inconstantes, inesperados e clássicos. Amores que transgridem o novo e desafiam o antigo, que são como a música, que se move por entrelinhas melódicas e metamorfoseia-se em poesia.
E sejamos diretos, os melhores são aqueles brasileiros de pele e alma, que não ensinam Caetano a esquecer, que fazem Humberto pensar em lhe escrever nas noites de insônia, que bagunçam Anitelli e vagueiam pelo estranho de se apaixonar de Nando.
Talvez seja difícil de se encontrar, mas de acordo com Zé, no aroma de amores pode haver espinhos. E como pode! Portanto, que sigamos Renato e nos façamos em mil pedaços para você juntar e descobrir, com certa turbulência, que, Cazuza estava certo e o tempo não para. Nesse caso, por se tratar de algo tão concreto como nossa música popular, e de amor, claro, não é algo cronometrado ou efêmero. Afinal, quando um certo alguém desperta o sentimento, é melhor não resistir... Se tratando de um conselho legendário, ou Lulugendário.
Mas para começar bem, vamos gostar apenas de quem gosta de nós, e sejamos totalmente Mutantes querendo apenas que alguém nos queira. Sem pestanejar, vamos amar por completo, sendo exagerados, loucos amáveis, sem a preocupação dos danos impassíveis, e que nos assustemos de nos vermos tão felizes, tão Agridoces. Que possamos atrair a Abelha e ensinar alguém como querer ser melhor, amando literalmente, com todos desejos, insanidades e saudades inclusos.
Certos conselhos são mais que bem-vindos quando o assunto é amor, mesmo Rita deixando claro que sexo é escolha e amor é sorte. Então que lancemos a sorte e deixemos as filas de padaria mais felizes quando encontrarmos nosso Hermano, ou melhor, que Leninemos e amamos enquanto vivemos. Porque se permite-me, Elis, viver é melhor que sonhar.