segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Ele será um ótimo pai, você sabe

  (Favor dar play em "Drive", número 7 da playlist, para que o contexto fique melhor intencionado)

Há determinados pedidos interessantes, e esse em especial, decidi publicar...
"Sim, sei que estão juntos há um bom tempo, sei também que ele te chamou para dançar em um de seus encontros e você se atrapalhou toda tentando segurar com certa classe seu vestido enquanto ele a girava pelo salão, e sim, me lembro do sorriso maravilhoso que ele abria toda vez que a via cantando nas mesas de bar, quando o assunto acabava e você fazia o possível para quebrar o silêncio constrangedor". Devo dizer que não só eu, mas todos também sabem que ele é simplesmente louco por você, ou vai dizer que nunca notou o modo como ele canta seus sertanejos melosos olhando para você ? Ou que o modo como ele brinca com seus dedos enquanto suas mãos se juntam não quer dizer nada? Pois é, você tem uma sorte absurda, e para muitos, invejável.
Calma! Sei que apesar disso tudo, o futuro possa te preocupar, mesmo após o pedido de casamento ao som de um blues qualquer, enquanto você se via no dilema entre aceitar a proposta ou continuar com o absinto que vivia pedindo para ele levá-la para experimentar. Mas o modo como ele a fez se apaixonar mais uma vez naquela noite não vem ao caso. Ou vem? Mesmo após levá-la para jantar no mesmo lugar em que a pediu em casamento ao saber de sua gravidez... E você ainda se encontra na dúvida de que ele será um bom pai?! Pois peço que comece a perceber o que está em sua volta, ou próximo a ele, se preferir. Perceba o modo como ele se enturma com qualquer criança à sua volta com aquelas brincadeiras infantis que sempre fizeram com que seu coração derretesse. Perceba como ele enfrenta todas as responsabilidades de queixo erguido. Perceba como ele ri quando você dá suas crises e se torna a pessoa mais mandona do mundo, afinal, ele sabe exatamente como fazê-la sorrir novamente. Portanto devo deixar claro caso não saiba, ele não será um pai convencional, muito menos um pai mandão em que o filho se afasta sutilmente. Ele será daqueles que deixam a criança fazer o que quer, ele deixará a criança à vontade de todas as formas possíveis, e não irá censurá-la de aprender sozinha, muito menos fará com que ela perca sua infância, coisa que ele mesmo irá relembrar em meio a essa experiência. Então devo prepará-la para não ficar muito surpresa caso o veja correndo pela casa com ela, ou brincando com os elementos da fruteira (como sempre faz), até mesmo ensinando-a como irritar você em menos de dois milésimos. Portanto, devo ressaltar que você fez a melhor escolha de sua vida, e sem saber, essa criança terá feito a melhor da vida dela ao se tornar o reflexo de seu pai, porque sei que ela aprenderá a amá-la assim como ele.

A beleza em ser diferente

Nunca entendi porque gostava tanto de determinadas coisas, as quais ninguém gosta. Nunca entendi porque sempre era a garotinha que aprendia a dar mortal na piscina com o irmão, enquanto as outras estavam aprendendo com as irmãs como pentear suas bonecas. Nunca entendi porque sempre gostei de beber com meus amigos enquanto discutia todos os esportes, enquanto todas saíam para discutir qual seria a cor ideal do esmalte para as próximas ocasiões. Também nunca entendi porque me preocupava tanto em comprar livros, enquanto todas gastavam o que tinham e mais um pouco em maquiagens. E sim, sempre procurei entender fatos como os citados. E demorei a chegar à uma conclusão que desse fim ao meu ceticismo.
Foi quando realmente passei a observar como mulheres naturais eram mais cativantes a todos e quaisquer olhares; sem excessos de química no cabelo, ou excessos de maquiagem cobrindo sua verdadeira beleza; ou como homens que não passam horas aplicando gel ao cabelo eram mais notados; também como crianças que passam horas brincando, se sujando e ralando os joelhos eram mais felizes que aquelas que viviam em suas casas, presas. E por incrível que pareça, pude constatar que esses meros detalhes faziam dessas pessoas mais livres, mais puras e até mesmo mais felizes. E isso, simplesmente por serem diferentes.

Sempre preferi pessoas que me equalizassem...

Como tudo na vida, a escolha de quem fica conosco (seja em nossas rodas de conversa, nossos relacionamentos amorosos conturbados ou os colegas entediantes de serviço) sempre está baseada em algo, e meus fundamentos nunca foram diferentes dos demais. Até um tempo atrás.
Particularmente, sempre preferi pessoas que me equalizassem em tudo. Isto é, pessoas totalmente contrárias à mim, que possuíam talvez até mesmo princípios diferentes, estas sempre me cativaram, pode ser que por conta do clichê "Os opostos se atraem" ou qualquer uma dessas bobagens de pessoas metódicas e sem pensamento autônomo. Gostei sempre de pessoas pacientes, de humor "branco", parcialmente caseiras, nada artísticas e totalmente estáveis. Sim, completamente equalizáveis à minha pessoa pouco previsível. Mas devo assumir que sempre houve uma certa atração implícita nas piadas daqueles com humor negro e me aproximava sem querer daquelas que se encontravam na arte. E recentemente pude perceber que, as melhores pessoas são aquelas que acrescentam algo. Como? Aquelas que tem uma falta de paciência parecida com a sua, ou as que seguem as mesmas teorias e princípios que você. E essas são as que realmente fazem valer a pena, mesmo que acabem equalizando-o sem que note, pois não há nada melhor que alguém que o defina. E ao mesmo tempo, sequer possui tantas compatibilidades.

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Classicamente Indescritível.

Todas as pessoas algum dia encontram alguém que simplesmente não presta, não se encaixa em seus padrões, nem faz jus à seu maneira visivelmente apaixonante. E algum dia, você encontrará ela, que não se explica, não se prende e apenas se permite. Ela, que apenas vive, nunca deixou alguém roubar seu coração, sequer pretende.
Como posso descrevê-la? Eis a pergunta mais difícil que poderia me fazer. Nem os maiores artistas saberiam respondê-la. Apesar de que, para alguns, chegaria próximo do real.

Logo de cara, Elvis diria que ela está sempre em sua mente e então, perguntaria se ela está sozinha esta noite, e Sinatra diria o quão encantadora ela está esta noite. Enquanto Ray diria que ela é uma mulher na cidade que (de fato) é boa para ele. Ah, se Louis tivesse dito que ela é tudo o que ele esperava, talvez Billie não tivesse dito que ela é a melhor coisa que acontece para os que esperam.
Mas ainda creio que Elvis seria o melhor para retratá-la. Ele diria que, com aquele batom vermelho de grandes noites, chamava a atenção de todos e fazia com que algum sortudo tivesse o prazer de prová-lo, facilmente "The Devil in Desguise", e com seu sorriso que desestabilizava qualquer um que o fitasse por muito tempo que ela "Can't help falling in love" (ou não). E após alguns meses perto dela, o mais justo e certo seria deixá-la "Always on your mind", mesmo que ela não usa "Blue Suede Shoes", garanto que seus até mesmo seus tênis envelhecidos o farão se apaixonar. E se o tempo com ela não for o suficiente, "That's Alright", arrume um pouco mais, pois sabe que valerá a pena.
Afinal, ela não passa do "Bruning Love" que todos deveriam ter.

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Sua garotinha cresceu.

Crescer é algo muito caótico, de certa forma complexo, mas também tão natural que é raramente notado. Isto é, só notamos o quanto crescemos, quando é preciso. E o mesmo aconteceu com sua garotinha, ela notou recentemente que cresceu, que não é mais aquela pequena que anseia grandes planos, não ri espontaneamente com tanta facilidade, sequer sonha tão alto como antes... E notou também, que é apenas o preço de uma maturidade certamente precoce.
Ela, que antes gostava de se equilibrar na beirada da calçada ao andar, hoje desafia seus próprios sonhos se equilibrando entre manter-se firme e forte e enfrentá-los. Ela, que antes esperava ser levada à dançar para que se sentisse bem e auto confiante, hoje é a essência da confiança enquanto cativa aos que a observam dançando de seu modo descontraído, fluído. Aquela pequena que antes era o contorno da sensibilidade miscigenando a inocência, hoje é a coragem e a liberdade consentidas.
Afinal, aquela garotinha que se contorcia ao rir de piadas repetitivas, é hoje a mulher que carrega aquela diversão infantil em seus sorrisos,e que carrega também suas manias mais peculiares, e em seu olhar, leva toda a imaginação e paixão que possui desde a época em que não podia alcançar os armários. E não há quem não se orgulhe da mulher que ela se tornou: Forte, destemida, divertida, inteligente e acima de tudo, livre. 

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Se for mergulhar, descubra a profundidade

Minha filosofia de vida sempre baseou-se em Provehito in Altum. Isto é: Lançar-se ao infinito (de um latim um pouco enferrujado). Porém, sempre precisamos dar determinada relevância à profundidade, por mais atraente que seja a sensação de pular sem medo.
Digamos que a profundidade tenha um pseudônimo, como grande artista que é. E ele está assinado por "Felicidade". E aí, dentro de seus conceitos da mesma você pularia, ou melhor, a provocaria mesmo sem saber quais as consequências? Afinal, ser feliz é mesmo tão difícil assim? Ou é só fechar os olhos, levantar os braços e se deixar levar?!
E eu digo que não, pois, como tudo na vida, é preciso um prévio conhecimento. Como conhecer aquele alguém que está ao seu lado há um tempo... Conheça tudo, os detalhes, as manias, os métodos, a gramática, a falta dela, os excessos, as faltas que pouco sobram e a falta que te faz. E se, só se for positivamente aprovado, se jogue nela. Faça dela sua ausência, sua abstinência e se pretende mergulhar fundo, faça dela seu infinito.
Apesar de toda e qualquer ligação com a felicidade, ou com o fato de ser tão ligada às relações, tenho dito e insistirei: Só é feliz quem, de fato, mergulha.

Quando a liberdade grita.

Sempre acreditei que fazia parte de um pequeno grupo de pessoas, dessas de bem com a vida, que se satisfazem com o pouco, com o simples. Mas acima de tudo que necessitam de liberdade. Não daquela que vê-se no cotidiano, que vêm de pessoas dependentes, mas daquela em abundância.
Nunca acreditei nessa história de "solte, se voltar, é seu", afinal, nossa liberdade não é algo materializado, sequer comprado, fora a questão de que para soltarmos algo, precisamos antes segurar, e é onde assassinamos o bom senso. Aliás, se a liberdade custa tão caro e pesa tanto na consciência, por que voar é tão fácil? Exatamente, o condicionamento jamais esteve atrás de um limite.
Não serei hipócrita, não mentirei. Já me relacionei de modo em que precisava prender algo, alguém. E como tudo nessa vida parcialmente desregrada, precisei aprender a não o fazer. E ao aprender garanto: Ser a liberdade de alguém é tornar-se livre. Poder confiar, fechar os olhos e se jogar de algo para algo, respirar fundo e esquecer o mundo, focar o desestruturado e se achar no incompreendido. Sim, o livre-arbítrio, quando encontrado é o melhor lugar para estar. É uma questão de ser!